A busca por medicamentos que ajudem a reduzir os sintomas gripais no Ceará subiu 400% no último mês, em meio ao aumento de contaminações pela variante ômicron do coronavírus no estado e o surto de Influenza A. A informação é do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado (Sincofarma).
De acordo com o presidente da entidade, Fábio Timbó, o varejo farmacêutico foi todo “pegue de surpresa” com esse surto antecipado de gripe e o aumento das contaminações da Covid-19.
“Com essa demanda extraordinária no mês de dezembro, as pessoas com essa nova demanda procuraram os estabelecimentos. O que tinha em estoque foi vendido, por sua vez, as farmácias solicitaram a reposição para as distribuidoras, mas, depois da segunda quinzena, quando a indústria farmacêutica entrou de recesso, aí apareceu essa dificuldade”, afirma.
Segundo o empresário, a ausência de medicamentos que possam ajudar a reduzir os sintomas gripais ocorreu tanto na primeira onda, quanto na segunda da pandemia no estado. Contudo, ele prevê que haverá regularização no estoque a partir desta segunda quinzena de janeiro.
“Há uma tendência de uma regularização nesta segunda quinzena do mês de janeiro. Acreditamos que nos proximos dias essa questão já comece a melhorar”, acrescenta Timbó.
1 milhão de casos de Covid
O Ceará ultrapassou, neste sábado (22), a marca de 1 milhão de casos de Covid-19 desde o início da pandemia. A informação consta na plataforma IntegraSUS, gerenciada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Ao todo, foram acrescentados 35.941 novos casos em 24 horas; mas há confirmações feitas neste dia e em dias anteriores.
Na terça-feira (18), o Ceará registrava 978.476 casos confirmados da doença; agora são 1.030.428. Ou seja, em quatro dias, foram confirmados 51.952 casos, uma média de quase 13 mil confirmações diárias. Esses índices refletem estudos clínicos de que a variante ômicron – que já é majoritária no estado, com cerca de 94% de presença nos testes positivos – é extremamente contagiosa.
Atualmente, o Ceará está em uma terceira onda da Covid-19. A informação foi confirmada pela Secretaria da Saúde do estado e é observada a partir de dados e gráficos da pasta no IntegraSUS. No entanto, o cenário é diferente das outras duas ondas: enquanto o número de casos confirmados sobe de forma abrupta, os índices de mortes crescem mais lentamente, o que garante uma baixa letalidade.
A mais recente atualização do IntegraSUS também trouxe a adição de 15 novos óbitos provocados pelo coronavírus. Ao todo, já morreram em decorrência da Covid-19 no estado 24.996 pessoas. A Secretaria da Saúde investiga ainda 621 mortes suspeitas a fim de saber se foram causadas por complicações da infecção viral.
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