Uma carga de medicamentos do SUS terá que ser destruída e devolvida. O carregamento de imunoglobulina, que custaria aproximadamente R$ 30 milhões aos cofres públicos, foi interditado pela Anvisa. As informações são da Folha de S. Paulo.
A inconformidade apontada pela agência foi a ausência de um equipamento para monitorar a variação de temperatura durante o transporte da carga. Com isso, cerca de 30 mil frascos de imunoglobulina terão que ser descartados.
O prejuízo para o governo acaba sendo menor, pois o lote ainda não foi pago. De acordo com o Ministério da Saúde, o estoque atual do medicamento é satisfatório e a interdição não atrapalhará sua dispensação aos pacientes.
Representante nega irregularidades
O lote foi fabricado pela chinesa Harbin Pacific e pertence a Prime Pharma LLC, dos Emirados Árabes, cuja representante no Brasil é a Farma Medical, de Manaus (AM). Essa foi a primeira entrega de um contrato que prevê 90 mil frascos há um custo de R$ 87, 6 milhões.
A Farma Medical nega a existência de qualquer irregularidade e afirma que os medicamentos chegaram ao país devidamente refrigerados. A empresa afirma que irá recorrer da decisão.
Medicamentos do SUS terão que ser destruídos
A Anvisa decidiu que metade da carga terá que ser destruída, enquanto a parte restante pode ser devolvida ao fornecedor. Caso haja alguma decisão da Justiça ou algum recurso administrativo, a interdição pode ser revertida.
Em abril, a pasta firmou negócios no total de R$ 370 milhões com fornecedores não certificados pela Anvisa de maneira emergencial. A medida teve como objetivo evitar o desabastecimento após tentativas frustradas de compra pelos meios tradicionais.
A imunoglobulina pode ser utilizada no tratamento de imunodeficiências, como AIDS, e também em outras doenças.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/medicamentos-do-sus-destruidos/
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