Somente três países respondem por 87% do faturamento das farmácias na América Latina. É o que apontou um estudo inédito da Close-Up International, que revelou uma receita total de US$ 70,8 bilhões na região nos últimos 12 meses até agosto deste ano. O montante é 17,4% acima do registrado no período anterior.

O Brasil é líder absoluto, representando 54,9% da receita, seguido pelo México (21,4%) e Argentina (10,7%). As nações da América do Sul detêm quase a totalidade do movimento das farmácias.

Os três principais mercados da região, aliás, são os que apresentaram crescimento mais expressivo no período, já descontada a inflação. O Brasil teve avanço de 11,5%, mas o segundo lugar em evolução pertence à Argentina – com alta de 10,1%. O incremento no México foi de 5,8%.

Vantagens do Brasil entre as farmácias na América Latina


Quando avaliados os motores das farmácias da América Latina, 81% do aumento na receita está atrelado ao volume de produtos disponível e ao preço médio. “Esse dado reforça a importância de uma gestão estratégica do estoque, capaz de incorporar competitividade e propiciar um controle de custos mais eficiente, o que influi positivamente no preço ao consumidor”, argumenta Paulo Paiva, vice-presidente Latam da Close-Up International.

O estudo, inclusive, indica uma vantagem competitiva do Brasil nesse segmento. As 447 redes de farmácias em operação no país comercializam, em média, 10.908 produtos. Esse total em proporção ao número de empresas é de 24,4 – índice abaixo apenas do da Argentina, com 25,8. O terceiro colocado, Peru, está bem distante, com 18,7.

Mas quando a pesquisa considera ainda as farmácias independentes, surge outro ponto favorável ao mercado brasileiro. “É o país com maior equilíbrio na divisão das vendas – 55% nas cadeias farmacêuticas e 45% no pequeno varejo. Como comparação, as redes concentram 85% dos negócios no Chile e 81% no Equador. Na Argentina acontece o inverso, com as independentes dominando 75%”, observa Paiva.

O Brasil também consegue fragmentar as vendas em variadas categorias. Os não medicamentos representam 30%, enquanto os remédios de referência respondem por 22%, mesmo percentual dos similares. Os medicamentos de OTC e os genéricos vêm a seguir, com 16% e 9%.

Em contrapartida, os similares são 87% do mercado argentino e somam 75% da receita no México.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/receita-farmacias-na-america-latina/

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