Sustentare: uma palavra que se origina do latim e significa apoiar, cuidar, conservar e sustentar. Tem um conceito que visa abordar a forma como uma sociedade deve agir em relação à natureza. Não pode ser esquecida ou colocada à margem das discussões no que tange o lançamento de um novo produto ou de uma nova embalagem, por ser um pilar indispensável para a continuidade não só dos negócios mas também do planeta.

Mas como tornar sustentável um uso praticamente irreversível de plásticos ou polímeros orgânicos sintéticos? A maior aplicação desse material é na fabricação de embalagens e vem crescendo desde que a utilização de embalagens retornáveis foi substituído pelas embalagens descartáveis.

Os conceitos de reduzir o consumo, repensar os hábitos, recusar o que não tem aderência aos preceitos e propósitos de sustentabilidade, reciclar corretamente os resíduos e reutilizar sempre que possível para prolongar a vida útil da embalagem nunca estiveram tão latentes em nossa vida e nossa sociedade organizada.

Empresas buscam otimizar seus impactos em sustentabilidade, os quais quase sempre também refletem em melhorias na eficiência energética, de consumo de água e consequentemente melhoria na gestão de custos. Investigam vazamentos de ar e água nas linhas de processo, utilizam torneiras mais eficientes, reutilizam água para usos onde não há necessidade de potabilidade, substituem gradativamente energias não renováveis por renováveis e outras tantas ações que as aproximam da meta sustentável.

Esse mesmo tipo de estratégia pode e deve ser usado no que tange a fabricação, utilização e destinação das embalagens de produtos. Dezenas de materiais alternativos vem sendo utilizados em pesquisas e também já na prática em embalagens. Entre eles cogumelos, batatas, resíduos de uva, cascas de camarão, penas, lã de ovelha e cascas de coco. Ainda, as embalagens biodegradáveis que já são uma realidade em muitos produtos. Pela pouca demanda e também pela curva de desenvolvimento tecnológico ser ainda bastante preliminar, os custos envolvidos são bastante altos quando comparados com materiais tradicionais.

Ainda assim, embalagens oriundas de fontes alternativas ou a sua biodegradabilidade devidamente comprovada não justificam os descartes incorretos. No caso das biodegradáveis é apenas uma forma de mitigar os impactos ambientais causados pelo descarte de forma errônea pois elas seguirão impactando em outros aspectos como no lixo marinho, entupimento de redes de água pluvial ou esgoto causando assim alagamentos e impactando negativamente no ambiente que vivemos e prejudicando uma grande parcela da população.

Portanto, independente da evolução tecnológica em busca de embalagens e processos mais eficientes e com menores impactos no meio ambiente a ação mais importante está na educação e conscientização ambiental das pessoas. Esse conhecimento e essa crítica às escolhas que fazemos no dia a dia devidamente balizada através da educação ambiental é o que fará a diferença no mundo que deixaremos para as próximas gerações.

Fonte: https://revistahec.com.br/vamos-falar-de-sustentabilidade/

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