A venda de medicamentos genéricos superou o restante do mercado de remédios e fechou 2021 com aumento superior a 21% em arrecadação. Na hora de escolher entre custo e necessidade, se der para juntar as duas coisas é melhor.
O funcionário público João Baptista Corsini, toma regularmente remédio para o controle de colesterol. A escolha é sempre pelo genérico, que fica até 4 vezes mais em conta.
‘Tomo diariamente Sinvastatina para estabilizar porque eu tenho um colesterol muito bom e meu nível é muito baixo. Se eu for comprar a fórmula original eu pagaria de três a quatro vezes mais. Não dá então eu opto pelo genérico’, conta João.
Para muita gente em 2021 essa foi a principal escolha. No ano passado, a indústria de medicamentos genéricos cresceu quase 6%, bem mais do que o restante do mercado de remédios, que aumentou 4%. Isso significa que as vendas passaram de R$ 14 bilhões, um crescimento na arrecadação de 21,53% acima de 2020, de acordo com a ProGenéricos, que reúne os fabricantes do setor.
Entre os tipos de medicamento, o destaque foi a venda de antidepressivos, que cresceram 13% em um ano. Já em relação ao tratamento de doenças crônicas, o maior aumento foi de produtos para controle de colesterol, que teve expansão de 8% em unidade.
A presidente da ProGenéricos, Telma Salles, destaca que os genéricos sempre tiveram uma participação importante nos tratamentos de longa duração por oferecem preços mais baixos.
Papel que foi reforçado nesse período de maior endividamento da população e também, infelizmente, do maior adoecimento.
‘Os genéricos têm um papel muito importante no tratamento de doenças crônicas, principais doenças que acometem a população brasileira. Em 2021, outros segmentos também registraram crescimento e é o caso dos antidepressivos. A combinação de preço menor e a eficácia comprovada fazem dos genéricos um refúgio para o consumidor, especialmente em tempo de crise econômica e desemprego, como ocorre agora. Dólar alto, o aumento dos insumos e outros fatores certamente pressionaram os custos dos fabricantes, mas mesmo assim os genéricos seguiram sendo a opção mais barata e acessível para o consumidor’, explica Telma.
Os genéricos estão liberados no Brasil desde 2000 e, por lei, precisam ser pelo menos 35% mais baratos do que os remédios de referência.
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