As empresas estão cada vez mais incorporando a sustentabilidade em suas estratégias como um princípio fundamental de suas identidades e de como conduzem seus negócios.
Além disso, muitos governos, cidadãos e outras partes interessadas demandam cada vez mais que as empresas demonstrem preocupação genuína com suas comunidades, e com a sustentabilidade ética, social, ambiental, cultural e econômica de suas operações.
“A sustentabilidade é uma vantagem para as empresas”, disse Carrie M. Mellage, vice-presidente do grupo de pesquisa do mercado global de produtos de consumo da Kline “Essas iniciativas não são apenas imensamente benéficas no panorama geral, mas também são boas para os resultados financeiros corporativos, impulsionando a identidade da marca e atraindo talentos valiosos”.
O setor de beleza e de cuidados pessoais tem sido particularmente diligente no endereçamento da sustentabilidade .Nesse artigo compartilhamos como algumas das maiores empresas do setor – L’Oréal, Unilever, Procter & Gamble, The Estée Lauder Companies (ELC), Johnson & Johnson e Natura – tem endereçado questões de sustentabilidade em áreas como energia e emissões, abastecimento, ingredientes e embalagens.
Energia e Emissões
A L’Oréal tem o compromisso de reduzir as emissões de gases do efeito estufa resultantes do uso de seus produtos em 25% em média por produto acabado (vs. 2016), reduzir as emissões vinculadas ao transporte de seus produtos em 50% (vs. 2016) e que seus fornecedores estratégicos reduzam suas emissões de escopo 1 (emissões diretas de fontes próprias ou controladas) e de escopo 2 (emissões indiretas da geração de energia comprada) em 50% (vs. 2016) – tudo até 2030.
A Unilever, assim como a L’Oréal, está exigindo que seus fornecedores estratégicos reduzam suas emissões diretas em 50% (vs. 2016) até 2030. A empresa se comprometeu a atingir emissões líquidas zero para todos os produtos até 2039 – desde a compra até o ponto de venda. A Unilever pretende reduzir pela metade o impacto dos gases do efeito estufa de seus produtos ao longo do ciclo de vida até 2030 – e atingir zero emissões em suas operações até 2030.
A Procter & Gamble planeja cortar a emissão de gases do efeito estufa pela metade em vários locais e tornar-se carbono-neutra dentro de uma década. Em 2040, a empresa pretende atingir emissões líquidas de gases do efeito estufa em todas as suas operações e em sua cadeia de suprimentos, desde as matérias-primas até os varejistas. A empresa também anunciou seus planos de adquirir eletricidade 100% renovável globalmente.
Junto dessas empresas, a ELC comprometeu-se a cortar suas emissões de gases do efeito estufa de escopo 1 absoluto e escopo 2 em 50% (vs. 2018) até 2030, e de escopo 3 de bens e serviços adquiridos, transporte e distribuição upstream e viagens de negócios em 60% por unidade de receita. Para referência, as emissões de gases de efeito estufa do escopo 3 são o resultado das atividades de uma empresa, mas ocorrem a partir de fontes não pertencentes ou não controladas pela empresa em si.
A Natura está na mesma página, prometendo atingir emissões líquidas zero de carbon para suas quatro marcas até 2030. Para isso, a empresa está acompanhando as emissões de seus fornecedores e de toda a sua cadeia de valor, desde a extração de matérias-primas até o descarte de embalagem.
A Johnson & Johnson também está definindo metas ambiciosas para si mesma, e pretende satisfazer 100% de suas necessidades de eletricidade a partir de fontes renováveis até 2025, alcançando a neutralidade de carbono em suas operações até 2030. A empresa está preparando as bases para reduzir a emissão da cadeia de valor upstream absoluta (escopo 3) em 20% (vs. 2016) até 2030, e se vê abastecendo todas as suas instalações com energia renovável até 2050.
Origem e Composição
A Natura se comprometeu a garantir a rastreabilidade e/ou certificação total em suas cadeias de suprimentos até 2025. Ao mesmo tempo, continuará a conduzir seus programas para ingredientes essenciais, especialmente óleo de palma, mica, álcool, algodão, papel e soja. A ELC se comprometeu a tornar pelo menos 90% de seus ingredientes à base de palma (óleo de palma e seus derivados) certificados como sustentáveis pelas cadeias de suprimentos físicos da Mesa Redonda sobre o Óleo de Palma Sustentável (RSPO) até 2025.
Igualmente dedicada, a Unilever deseja que sua cadeia de abastecimento seja livre de desmatamento para o óleo de palma, papel e cartão, chá, soja e cacau até 2023, com um abastecimento 100% sustentável de suas principais safras agrícolas. A empresa espera que, até 2030, 100% de seus ingredientes sejam biodegradáveis , substituindo o carbono derivado de combustível fóssil por carbono renovável ou reciclado em todos os produtos de limpeza e de lavanderia da empresa.
Procter & Gamble, Johnson & Johnson e L’Oréal também se esforçaram para enfrentar esses desafios. A Procter & Gamble está preparando as bases para criar soluções circulares baseadas na regeneração e restauração. A Johnson & Johnson Consumer Health, por sua vez, investiu 800 milhões de dólares para tornar seus produtos mais sustentáveis até 2030. Já a L’Oréal espera que 95% de seus ingredientes sejam de base biológica e derivados de minerais abundantes ou processos circulares até 2030.
Embalagem
Ao definir suas iniciativas de sustentabilidade, as empresas também estão definindo metas ambiciosas em relação à reciclabilidade, eficiência de materiais e volumes, fornecimento responsável de fibras, eliminação de materiais desfavoráveis e uso de conteúdo reciclado pós-consumo e materiais renováveis.
Todas as empresas mencionadas estão se empenhando 100% na utilização de embalagens totalmente sustentáveis o mais rápido possível. A Unilever se comprometeu a tornar 100% de suas embalagens de plástico em embalagens reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025. Da mesma forma, a Procter & Gamble está trabalhando para garantir que 100% das embalagens de seus produtos sejam recicláveis até 2030. A ELC afirma que 75% a 100% de suas embalagens serão recicláveis, recarregáveis, reutilizáveis ou recuperáveis até 2025, com 100% de suas embalagens de fibra de base florestal sendo certificadas pelo Forest Stewardship Council (FSC) até 2025. A L’Oréal também se comprometeu totalmente, prometendo que 100% dos plásticos usados em suas embalagens serão recarregáveis, reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2030.
A Johnson & Johnson também está buscando que 100% de suas embalagens de marcas de Consumer Health sejam certificadas ou de papel e celulose pós-PCR até 2025. Suas marcas Aveeno, Johnson’s, Listerine, Neutrogena e OGX se esforçarão para usar plástico reciclado em 100% de suas garrafas até 2030. Completando as seis empresas mencionadas, a Natura definiu que 100% dos seus materiais de embalagem seriam reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2030.
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Fonte:.
Sustentabilidade torna-se prioridade de gigantes do setor de beleza e cuidados pessoais
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