Varejista de móveis e decoração havia divulgado estimativa de abrir entre 10 e 11 unidades neste ano

O presidente da Westwing, Andres Mutschler, destacou que o ano de 2022 continuará desafiador para o segmento de casa e decoração no Brasil. “O contexto vai ser desafiador, principalmente nos primeiros seis meses. A gente acredita em melhora na segunda metade do ano”, disse. Ele ponderou que a expectativa, entretanto, depende de variáveis que o grupo não controla, como o cenário macro do país.

A empresa investiu em quatro novas unidades da Westwing no ano passado, sendo uma em Campinas, duas no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Anteriormente, o grupo havia divulgado estimativa de abrir entre 10 e 11 lojas neste ano, disse o executivo. Mas a empresa decidiu avançar com um movimento de ajuste no investimento (capex). “A gente está esperando lançar cerca da metade. Algumas já estão sendo lançadas, como uma há poucas semanas em Moema (SP). A expectativa é ficar mais ou menos na metade do que a gente tinha imaginado lá atrás”, disse.

O executivo foi questionado por analistas durante teleconferência nessa quarta-feira (23) sobre a previsão de investimento para este ano. Ele ponderou que o grupo ainda tem estudado o tema.

“A gente tem revisado o número de lojas que estamos lançando nesse ano, o número de hubs e investimento de marketing. A gente vai ter, sim, uma redução na nossa visão de acordo com o nosso plano. Uma redução significativa no consumo de caixa nesse ano versus 2021”, disse.

Sobre o cenário de preço junto aos fornecedores, o executivo explicou que aumentos ainda são vistos em algumas categorias. “Mas a gente está com mudança de estratégia para esse ano. No ano passado, a gente repassou parte menor de aumento ao cliente final diante do nosso foco em crescimento. Era a nossa estratégia”, contou. Ele explicou que no ano passado o mercado também estava mais “irracional”, aplicando muito descontos e benefícios como frete grátis.

“Esse ano a gente vai repassar mais. Já estamos fazendo isso. Em linha com a lógica de foco e redução de consumo de caixa. E também porque o mercado está permitindo isso mais e vai permitir mais em 2022. Ano passado a gente viu irracionalidade maior, ou agressividade maior. Grandes plataformas de e-commerce sendo muito agressivas em preço e frete grátis. Nesse ano a gente vê que o mercado está buscando mais margem e tendo comportamento menos agressivo”.

A varejista de móveis e decoração Westwing registrou prejuízo de R$ 16,7 milhões no quarto trimestre do ano passado, ante o prejuízo de R$ 5,3 milhões do mesmo período de 2020. Entre janeiro e dezembro, o prejuízo somou R$ 42,1 milhões, revertendo lucro líquido de R$ 11,7 milhões no acumulado do ano anterior.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/23/westwing-ve-melhora-apenas-nos-2o-semestre-e-deve-abrir-metade-das-lojas-previstas-para-2022.ghtml

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