Segunda fase de testes vai avaliar segurança e eficácia em pacientes com dengue nas regiões Sul, Sudeste e Norte
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o início da segunda fase de pesquisas em humanos para avaliar a eficácia de um medicamento oral contra a dengue.
O ensaio clínico vai envolver 38 pacientes brasileiros em um investimento de US$ 700 mil (mais de R$ 3,9 milhões) da farmacêutica Novartis.
A conclusão da fase está prevista para novembro de 2026. A autorização foi dada pela agência na segunda (21).
“Caso o fármaco se mostre seguro e eficaz contra a doença, a intenção da companhia é registrá-lo e disponibilizá-lo no mercado brasileiro”, afirma a empresa.
Para comprovar a segurança do medicamento, uma parte dos voluntários vai receber uma versão placebo. A outra, a substância em fase de testes – ainda chamada tecnicamente de EYU688. Os participantes, de cidades como Brasília (DF) e Sorocaba (SP), e os pesquisadores não saberão quem está em cada grupo.
Segundo o Ministério da Saúde, a dengue é endêmica e sazonal no Brasil. Ou seja, ocorre todos os anos e aumenta nos meses quentes e chuvosos. Neste ano, a doença causou 5.674 mortes e seis milhões de pessoas com suspeita de infecção no País, de acordo com monitoramento feito pela Saúde.
Em nota, a Anvisa afirma que, após a conclusão da etapa de pesquisa, o medicamento ainda precisa ser registrado e aprovado pela agência. A inclusão no SUS (Sistema Único de Saúde) ainda precisa de parecer favorável da Comissão de Incorporação de Tecnologias (Conitec).
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