O mercado da vaidade e da beleza é um dos fortes do mundo, tendo faturado, apenas no ano passado, mais de R$ 42 bilhões de reais. Com esse faturamento, o país ocupa o quarto lugar o mundo dos maiores mercados de beleza.
E a força desse mercado surpreende mesmo em tempos de crise: em 2015, quando o país alcançava o ápice da recessão, diversas empresas do ramo conseguiram registrar crescimento econômico, especialmente em empresas de médio porte. E isso se justifica por um motivo bem claro: para a maioria do público feminino Brasileiro, a beleza não é uma necessidade supérflua, e sim uma necessidade básica do dia a dia.
E a explicação é bastante simples: diversos produtos de beleza e higiene pessoal são considerados como necessidades básicas do dia a dia. É o caso, por exemplo, da pasta de dente, que apesar de ser um item já consolidado na lista de compra dos brasileiros, registra crescimento ano a ano. Por esse caminho, empresas focadas em produtos básicos como o protetor solar, que ainda não é um hábito regular do brasileiro, apostam em um grande potencial de crescimento nos próximos anos.
A marca de creme para rejuvenescimento da pele Lift Make , por exemplo, registrou um crescimento de 28% nas vendas nos últimos 12 meses. E dentro do setor de cosméticos, esse resultado nem chega a surpreender, já que a tendência em momento de crise é justamente de aumento de vendas para os produtos de beleza mais caros, e várias empresas conseguiram crescimento acima de 15% nos últimos 2 anos.
Pode parecer contra intuitivo, mas em momento de crise, as vendas de produtos de beleza não param de crescer. Basicamente os produtos podem ser separados em duas categorias distintas: os de necessidade básica, como sabonetes, creme dental, desodorantes, entre outros, que simplesmente não sofrem com a crise, e os produtos de vaidade, como batons, cremes e maquiagem, que tendem a manter o crescimento por conta da autoindulgência feminina. Enquanto que as pessoas precisam adaptar o orçamento para a realidade de crise, os produtos de vaidade acabam incluídos como “pequenos luxos” o orçamento mensal.
É verdade que as vendas dos produtos mais populares entre as classes C e D registram queda, mas o crescimento das vendas de “produtos premium” acaba compensando as perdas e aumentando consideravelmente a média das vendas de produtos. Esse fenômeno é conhecido como “efeito batom”, em que o consumidor passa a gastar mais com cuidados pessoais em tempos de crise.
Fonte: http://panoramafarmaceutico.com.br/2017/05/23/em-anos-de-crise/
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