Embora esteja entre os seis maiores mercados do mundo, a indústria farmacêutica ainda engatinha quando o assunto são as pesquisas clínicas. O país ocupa somente a 25ª colocação no ranking global, conforme aponta o Guia 2020 da Interfarma.
“O momento de pandemia reforçou a importância da pesquisa clínica. Estima-se que o Brasil tenha potencial para, atualmente, passar para a 10ª no ranking mundial de pesquisa clínica. Caso isso ocorra, é calculado que o País tenha um ganho anual de R$ 2 bilhões em investimentos e beneficie mais de 55 mil pacientes, entre outras melhorias. Essa capacidade se dará via uma mudança do cenário político e regulatório. Por isso trabalhamos muito junto a ANVISA e ao Congresso Nacional, para mudar o contexto atual”, explica Elizabeth de Carvalhaes, presidente da entidade.
O Brasil também é tímido nas participações de estudos clínicos. Dos 3.170 estudos clínicos iniciados em 2019 na área de oncologia, o país participa de 68, ou seja, 2,1% do total global. É o mesmo percentual de 2014. Em sistema nervoso central, a representatividade é ainda mais irrisória – 1% do total, com uma perda de 0,7 ponto percentual na comparação com 2014.
Atualmente, o maior volume de gastos com medicamentos comercializados no Brasil é referente a produtos com mais de 11 anos de presença no mercado nacional, um claro indicativo da ausência de uma política de inovação e de acesso à produção farmacêutica de vanguarda.
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