O Brasil deve subir quatro posições e se tornar o sexto maior consumidor de medicamentos do mundo até 2024, além de ser o mercado com maior crescimento percentual. É o que aponta um estudo da consultoria IQVIA, que leva em conta os remédios de alta complexidade e para o tratamento de doenças crônicas.
Atualmente, o país figura na 10ª colocação do ranking, com faturamento total de US$ 20,1 bilhões. Os Estados Unidos ocupam a liderança, com US$ 508,1 bilhões, e representam 42,7% do movimento total de US$ 1,3 trilhão. Completam o top 5 a China (US$ 138 bi), o Japão (US$ 90,3 bi), a Alemanha (US$ 51,6 bi) e a França (US$ 35 bi).
Daqui a quatro anos, a IQVIA projeta que o Brasil terá o maior crescimento percentual. O consumo tende a aumentar 91% e chegar a US$ 38,4 bilhões, o que é suficiente para ultrapassar Canadá, Espanha, Reino Unido e Itália. A distância para a França, quinta colocada, deve despencar de US$ 15 bilhões para US$ 1 bilhão. As cinco primeiras posições não sofrerão mudanças, mas estima-se que os Estados Unidos ampliem a diferença sobre a China em US$ 60 bilhões.
Ranking por país – Medicamentos
Para Eduardo Rocha, diretor sênior da consultoria, a pirâmide demográfica exerce importante influência na evolução do Brasil. “Anualmente, quase 1 milhão de pessoas chegam aos 60 anos com pelo menos duas doenças crônicas. Aos 75, esse número deve dobrar. Do total de idosos, 42% terão de tomar cinco ou mais medicamentos e 23%, até cinco, o que exigirá um esforço redobrado da indústria e da distribuição para absorver essa demanda”, avalia.
Oncologia em destaque
Desde 2010 a oncologia tornou-se a área terapêutica número um no Brasil e vem mantendo um crescimento expressivo, superando a média global. A venda de medicamentos contra o câncer no Brasil aumentou 250% e atingiu US$ 2,02 bilhões, 23% do total. Globalmente, essa categoria teve um incremento de 140%. Na sequência estão as vacinas (US$ 850 milhões) e remédios voltados à imunologia (US$ 840 milhões).
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