O canal farma tem crescido muito nos últimos anos. Uma pesquisa recente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) afirma que no Brasil, em 2019, apenas no acumulado de janeiro a junho, as vendas de medicamentos somam R$ 32,9 bilhões. Entretanto, as vendas de produtos do mix de beleza têm crescido de forma exponencial. O setor de HPC, itens de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, já representa 9% das vendas no varejo farmacêutico. De acordo com a IQVIA, o setor Farma faturou mais de R$ 33 bilhões em não medicamentos, no Brasil, no último ano.
A indústria de beleza tem sido um grande negócio para as lojas de farmácia que queiram um mix diferente em suas prateleiras. A Cless, uma das parceiras e associadas da Febrafar, vê nas farmácias um bom lugar para investimento. Cerca de 68% dos nossos produtos estão no canal farma. “Estamos presentes em 96% dos itens mais vendidos em perfumarias, o que nos insere em um mercado mais próximo do cliente”, afirma Eduardo Yamashita, representante da marca.
Já para a Juliana Piria, diretora da Felps, os produtos profissionais da empresa estão em diversas regiões e agora, o canal farma tem sido o foco. “O hair/skin estão em alta e entendemos que esse tipo de serviço é muito interessante e a procura da consumidora em querer adquirir produtos profissionais e ter os cuidados em casa aumentou muito, e o canal farma pode ser a ponte para isso”, explica.
A Coty, representada por Antônio Martine, afirma que a empresa tem obrigação de fazer as farmácias independentes serem fortes. Já Fabio Enrico, da Ideal, complementa que considera as farmácias lojas de saúde, porém de beleza e bem-estar também. Daniel Tiraboschi, diretor comercial da Baruel, anuncia que estão em 170 mil pontos de vendas e trabalham diretamente com as farmácias. “Nos últimos tempos, buscamos estar mais próximo do nosso distribuidor e das farmácias independentes, para entender o espaço de trabalho e como podemos melhorar com os nossos produtos”, diz.
Guilherme Cardoso, representando a Vult, confirma que tem mais de 40 mil pontos de vendas da marca, pelo Brasil. “Trabalhar com beleza é estar ligado com o emocional, exige conexão com a consumidora. Precisamos sempre pensar: qual a experiência que ela terá? O produto precisa estar bem exposto na farmácia. E nós como indústria temos a obrigação de entender o espaço das farmácias e assim, entender como essa comunicação do consumidor com o produto vai chegar até ele. E é isso que a Vult tem feito”, conclui.
O evento contou com a presença de representantes de marcas nacionais mais vendidas em perfumarias e farmácias. “O mercado brasileiro é pulverizado, mais de 60% dos produtos de mix vendidos vem de marcas nacionais e elas precisam de canais de distribuição”, declara Tsukuda.
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