O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou empréstimos de R$ 1,39 bilhão para as farmacêuticas EMS (R$ 500 milhões), Eurofarma (R$ 500 milhões) e Aché (R$ 390 milhões). Esses recursos serão investidos em pesquisa, desenvolvimento e produção de remédios contra diabetes, câncer, anti-inflamatórios e antialérgicos, entre outros fármacos.
Os financiamentos integram as ações do programa Nova Indústria Brasil (NIB), cuja missão 2 tem como objetivo alavancar os investimentos no Complexo Econômico Industrial da Saúde para aumentar a produção brasileira nesse setor e ampliar o acesso da população a remédios, exames e tratamentos, entre outros serviços.
Hoje, o Brasil produz em torno de 45% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde. No total, o setor farmacêutico recebeu R$ 1,8 bilhão em operações de crédito com juros reduzidos entre janeiro e agosto deste ano.
Os recursos para as indústrias farmacêuticas foram anunciados em agosto durante evento no Palácio do Planalto com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e representantes de empresas da área de farmacêutica e de saúde. Os financiamentos fazem parte da linha BNDES Mais Inovação, que respondeu por R$ 4,5 bilhões, ou 76% dos empréstimos do banco voltados à inovação em 2024.
Ao todo, o BNDES liberou R$ 5,9 bilhões para o setor de inovação nesse período, o maior valor para o intervalo desde 1995, superando a cifra dos últimos cinco anos. Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, esses apoios visam promover uma transformação tecnológica na indústria brasileira, tornando-a mais competitiva e capaz de gerar empregos qualificados.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, José Luis Gordon, destacou que o banco bateu recordes no apoio ao setor de fármacos e biofármacos. Ele também mencionou um movimento de descentralização dos financiamentos, facilitando o acesso de empresas de médio e pequeno porte, com foco especial nas regiões Norte e Nordeste, através de apoio indireto via instituições financeiras credenciadas.
Além do setor farmacêutico, o BNDES também financiou outros segmentos como o agronegócio, com R$ 492 milhões liberados, e áreas relacionadas a biocombustíveis, carros elétricos e mobilidade, em linha com o programa NIB. Desde janeiro de 2023, as aprovações de crédito do BNDES já somaram R$ 11,2 bilhões para projetos de inovação, montante superior à soma dos cinco anos anteriores.
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