Pesquisa realizada pela ABBT indica ainda que ele consome 33% mais carne quando se compara com aqueles que não possuem esse benefício
A conquista de uma dieta mais equilibrada é mais acessível para quem tem o vale-refeição. Segundo a pesquisa anual realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), o trabalhador que tem o benefício consome 43% mais feijão, arroz, salada e 33% mais carne, quando se compara com aqueles que não possuem esse benefício. Isso demonstra a relevância do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT) como o programa social mais importante para o trabalhador brasileiro.
Maioria busca alimentação saudável – Quando questionado sobre o que influencia na escolha do estabelecimento, o consumidor com vale-refeição reforça que 30% é a qualidade da comida e 25% a variedade oferecida. Esse comportamento tem provocado mudanças nos restaurantes – segundo a pesquisa 34% estão incluindo pratos diferenciados para atender aos novos hábitos alimentares, tais como alimentos sem glúten e lactose, bem como opções veganas e vegetarianas.
A busca por uma alimentação saudável também foi percebida pelos estabelecimentos comerciais pesquisados, que indicam que 66% dos consumidores estão preocupados em ter uma alimentação mais saudável, enquanto 21% afirmam pouca preocupação e 10% nenhuma – 1% não soube responder.
Estudo da OMS – Todos os estudos indicam que a alimentação saudável resulta em melhor desempenho profissional e impacto positivo para as empresas, destaca Lúcio Capelletto, diretor-presidente da ABBT. Ele cita um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostrando que uma alimentação adequada pode elevar em até 20% os níveis de produtividade. Foi identificado que, trabalhadores com consumo e hábitos saudáveis, não só de alimentação, mas de um estilo de vida saudável, teriam um rendimento melhor.
Estudo internacional da OCDE – O estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE “Vouchers Sociais: Ferramentas inovadoras para redes sociais”, instituição que promove o desenvolvimento econômico, realizado em 2021, mostra uma diminuição significativa na prevalência de desnutrição entre os trabalhadores beneficiados pelo PAT.
A OCDE baseia-se em outro estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) que constatou que o PAT melhorou a auto-estima, a avaliação das condições de saúde em 6,1 pontos percentuais, em comparação com trabalhadores que não estão no programa.
O PAT ainda é considerado uma ferramenta valiosa para prevenir patologias ligadas à nutrição, como hipertensão, problemas cardíacose diabetes. Além disso, o programa contribui para taxas mais elevadas de atividade física regular. Isto se traduz não apenas em melhor saúde física, mas também em maior bem-estar e lazer.
O programa também traz benefícios sociais e económicos. A terceirização da gestão das refeições dos trabalhadores para restaurantes locais, bem como novos beneficiários ajuda a reduzir os custos administrativos e ao mesmo tempo proporciona aos funcionários mais opções.
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