Medicamentos procurados para combater a Covid-19, mesmo sem comprovação científica, aqueceram os negócios da indústria farmacêutica nacional. O movimento chegou a R$ 500 milhões no ano passado.
A venda do vermífugo ivermectina teve um salto de R$ 44,4 milhões para R$ 409 milhões em 2020, o que representou uma alta de 829%. Já a cloroquina e a hidroxicloroquina, indicadas para malária e lúpus, movimentaram R$ 91,6 milhões no ano passado, contra R$ 55 milhões de 2019. As informações são do Valor Econômico, com base em um levantamento do Sindusfarma e da IQVIA.
Com sede em Goiás, a Vitamedic foi uma das farmacêuticas mais beneficiadas por essa demanda. A fabricante da ivermectina respondeu por cerca de 80% das unidades comercializadas no varejo farmacêutico. Na semana passada, a companhia esteve no centro de uma polêmica ao rebater a MSD (Merck, Sharp & Domme), que havia questionado a eficiência do medicamento na prevenção da Covid-19.
A receita da empresa mais do que triplicou em um ano e chegou a R$ 421,7 milhões. Da 66ª colocação no ranking da indústria farmacêutica, subiu para a 37ª e alcançou o 17º lugar em volume de unidades.
A Apsen também contabilizou resultados expressivos com a cloroquina e a hidroxicloroquina. Responsável por 85% do montante comercializado, a farmacêutica conquistou o primeiro bilhão de faturamento – R$ 1,034 bi.
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