O mercado farmacêutico teve um ano de 2020 complexo. Enquanto o varejo registrou o maior crescimento em três anos, segundo a IQVIA, a indústria iniciou a corrida pela vacina para Covid-19 e a distribuição e propaganda médica tiveram que adotar novos formatos e protocolos para uma jornada de trabalho segura.
Nesse 2021, veremos ainda algumas mudanças derivadas da pandemia, que ainda está presente, no mercado farmacêutico. Por isso, veja algumas tendências para o setor nesse ano.
MERCADO farmacêutico
Esse trocadilho tem um porquê. Nesse momento em que vivemos, em que várias cidades adotam medidas de restrição que afetam o comércio, mais e mais as farmácias têm se mostrado serviços essenciais, mesmo quando o assunto não é a compra de medicamentos.
Por isso, uma tendência para o mercado farmacêutico, principalmente o varejo, é ter um estoque diverso de itens sempre à mão. Um exemplo da força do segmento dos não medicamentos nas farmácias é o crescimento que essa divisão apresentou em 2020, uma alta percentual de 21,4.
Com menos opção de pontos de venda abertos e um maior isolamento social, as idas a farmácia tendem a cair, mas, por outro lado, a lista de compras tende a ser maior também.
Por isso, mantenha-se atento para suprir as necessidades de seu cliente.
Contato virtual
Essa tendência para o mercado farmacêutico afeta diretamente o trabalho dos propagandistas. Esses profissionais, que têm contato direto com os médicos, já vivenciam uma realidade que tende a se solidificar: o contato por videoconferência.
Apesar de amplo apoio à retomada da visitação presencial, há uma aceitação ao engajamento digital, o que pode permitir uma maior flexibilização de horários.
Farmácia clínica em alta
A agilidade de realizar exames básicos em uma farmácia perto de casa pode ficar ainda mais presente no mercado farmacêutico. Com a possibilidade de aplicação de vacinas, testes como aferição de pressão e glicose e, em alguns casos, até mesmo consultas por telemedicina, a farmácia clínica deve ganhar evidência.
Também segundo a IQVIA, somente durante a pandemia, a procura por testes para aferição de glicemia e pressão apresentou um crescimento de 24%.
Mais genéricos
Devido ao impacto financeiro causado pela pandemia, a renda das famílias apresentou uma queda. Com menos dinheiro no bolso, os pacientes tendem a buscar opções mais baratas de tratamento.
Essa procura já pode ser sentida em 2020. Dentre o segmento OTC, a procura por genéricos cresceu 17,2%. Esse crescimento foi ainda maior no caso de medicamentos tarjados (23,9%).
Mercado farmacêutico realocado
Com o menor fluxo de pessoas nos grandes centros empresarias, devido ao home office, aquele ponto bem no centro da cidade pode não ser mais a melhor ideia.
A tendência no mercado farmacêutico é que o varejo esteja cada vez mais próximo das residências.
SNC em foco
Medicamentos para o Sistema Nervoso Central (SNC) podem apresentar um crescimento nas vendas. É o que indica a Associação Brasileira de Psiquiatria.
Insumos para o mercado farmacêutico
No Brasil, a pandemia escancarou uma realidade que já era de conhecimento do mercado farmacêutico. O país é muito dependente de insumos e IFAs fabricados no exterior.
Mas esse “choque” inicial pode levar a mudanças no setor. A tendência é que, cada vez mais, a produção dessas matérias primas se espalhe pelo mundo e saia de grandes centros como China e Índia.
E-commerce mais forte
As compras pela internet já são realidade no mercado farmacêutico a anos. Mas a pandemia fez com que elas atingissem um novo patamar. Apenas esse formato de compra movimentou o valor de R$ 3,4 bilhões no último ano, valor recorde. A tendência é que não haja uma diminuição no uso desse modal.
A comodidade de receber os medicamentos em casa veio para ficar. E mesmo farmácias menores, que não possuem um site próprio, podem realizar suas vendas pelo WhatsApp ou em aplicativos de entregas.
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