As fabricantes de medicamentos no Brasil experimentaram aumento nos custos desde o início da pandemia. Frete, embalagens e os Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) apresentaram reajustes que chegam a mais de 100% em alguns casos. O presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini, disse que todos os insumos usados pela indústria sofrem com a cambial e o aumento da demanda mundial por causa da covid-19.
“São insumos que, se não são importados, têm seus preços cotados no mercado internacional. Ou seja, a base é o dólar. Teve material de embalagem que subiu 85% e vem da Índia, China, Europa. A variação do dólar no último ano foi muito dura. Isso afetou muito a rentabilidade das empresas”, disse Mussolini.
Resinas para tampas de bisnagas aumentaram 85,82% em sete meses. Já caixas para bisnagas chegaram a custar 123,31% no período.
“Os aumentos ocorreram não somente para a produção de vacinas, o aumento foi generalizado nos insumos e em todos eles, como material de embalagem, blister, alumínio, polietileno.”
No caso dos fretes, segundo Mussolini, a alta foi de 10 vezes da pandemia para cá. Ele afirmou que se antes da crise sanitária um frete da China para o Brasil custava US$ 1 por quilo de IFA, agora as empresas pagam cerca de US$ 10 pelo mesmo quilo importado.
Deixe um comentário