Em igual período do ano passado, o prejuízo havia sido menor, de R$ 23,9 milhões
varejista Lojas Americanas ampliou significativamente o prejuízo no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior, pressionada por efeitos de calendário, com a Páscoa em 2017 ficando para o segundo trimestre (abril), diferentemente de 2016, quando caiu em março.
O prejuízo líquido consolidado da companhia saltou para R$ 132,9 milhões de janeiro a março, ante resultado negativo de R$ 23,9 milhões em igual etapa do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 449,4 milhões, recuo de 11,8% em relação ao primeiro trimestre de 2016. A margem Ebitda ajustada passou de 12,9% para 12,6%.
“…as vendas relativas ao evento (Páscoa) ficaram concentradas no segundo trimestre, influenciando significativamente as comparações do primeiro trimestre de 2017 em relação aos resultados e saldos de balanço do primeiro trimestre de 2016”, disse a empresa no material de divulgação do balanço.
De janeiro a março, a receita líquida consolidada caiu 9,2% ano a ano, para R$ 3,57 bilhões. A receita bruta somou R$ 4,2 bilhões, queda de 10,3%, mas com alta de 1,5 ponto percentual na margem, para 29,2%.
Para neutralizar o efeito calendário, a varejista divulgou a variação das principais linhas do resultado no acumulado dos quatro primeiros meses do ano.
Nessa base de comparação, a receita bruta subiu 5,2% ante os quatro primeiros meses de 2016, a receita bruta no conceito “mesmas lojas” subiu 3,7% e o Ebitda ajustado avançou 6%.
No primeiro trimestre de 2017, a despesa financeira líquida consolidada da Lojas Americanas somou R$ 594,4 milhões, alta de 24,3% ante o montante apurado um ano antes, reflexo principalmente da variação da dívida líquida da companhia nos últimos 12 meses.
O endividamento líquido da Lojas Americanas somou R$ 4,9 bilhões no final de março, contra R$ 4,5 bilhões no final de março de 2016. A dívida líquida em relação ao Ebitda ajustado dos últimos 12 messes ficou em 1,8 vez contra 1,7 vez no encerramento do primeiro trimestre do ano passado.
As despesas com vendas, gerais e administrativas corresponderam a 16,7% da receita entre janeiro e março deste ano, ante 14,8% um ano atrás.
No primeiro trimestre, a companhia inaugurou 7 novas lojas. “Temos mais de 130 novas lojas programadas, sendo 32 em fase de construção, 44 com contrato celebrado e 55 lojas em estágio avançado de negociação”, informou a Lojas Americanas.
A empresa disse, ainda, que a meta é abrir 200 novas lojas em 2017, como parte do plano de inaugurar 800 novas unidades entre 2015 e 2019.
Nesta quinta-feira, as ações preferenciais da Lojas Americanas fecharam em queda de 1,5% na bolsa paulista, a 17,73 reais, enquanto o Ibovespa subiu 0,28%.
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