“Precisamos ser eficientes, rentáveis e preservar caixa”, afirmou Estermann
O presidente do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Peter Estermann, disse nesta quinta-feira a analistas que “a empresa enfrentou desafios operacionais diferentes todos os dias e antecipou ou alterou planejamento em um ou dois anos” em razão da pandemia de covid-19. Segundo ele, há “um novo modo de olhar, pensar e consumir” e a empresa tem que ir se adaptando a este novo cenário que deve se consolidar.
O executivo ainda disse que a companhia precisa perseguir alguns objetivos centrais. “Precisamos ser eficientes, rentáveis e preservar caixa” na crise, afirmou.
No Assaí, braço de atacarejo do grupo, o presidente Belmiro Gomes disse na teleconferência com analistas que os revendedores ficaram com receio de fazer estoque e a rede apostou em ganhar clientes finais (pessoas físicas). Ainda destacou que a empresa conseguiu compensar a desaceleração das compras de bares, restaurantes, hotéis e escolas com a venda para pessoas físicas num ritmo superior ao projetado e acima do primeiro trimestre.
Gomes afirmou que a empresa se ajustou a essa maior demanda, considerando que os pacotes de produtos do Assaí têm volumes altos, e clientes finais compram quantidade menores. Por isso, foram montadas ações especiais para atender essa compra em menor volume unitário e atrair o cliente pessoa física.
O presidente do braço de atacarejo ainda afirmou que o Assaí sentiu efeito positivo do auxílio emergencial de R$ 600 ao mês, e ele acredita que, pelo fato de a bandeira vender produtos 15% mais baratos, em média, do que supermercados, esse novo público deve continuar comprando no canal. Mas ele fez uma ressalva de que o Assaí sente uma despesa um pouco maior, dentro do total de custos, com o aumento na participação de pessoa física na venda.
O Assaí tem 16 obras em andamento e projeta “mais de 40 aberturas em dois anos”, disse ele.
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