A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) reduziu as suas projeções para o desempenho do setor de alimentos em 2016, por conta da deterioração do cenário econômico e político no país. A entidade projeta para o próximo ano crescimento real em vendas de 1,1% a 1,5% em 2016.
Esse número já desconta a inflação prevista para o período. A projeção feita anteriormente pela Abia era de um crescimento para o próximo ano entre 1,5% a 1,8%.
Para o ano de 2015, a Abia estima que o crescimento do faturamento real do setor ficará entre 0,3% e 0,9%, descontando a inflação esperada para o ano de 10,48%. A previsão divulgada anteriormente era de um incremento entre 1,2% e 1,5%. De acordo com a entidade, no acumulado de 12 meses até outubro, a indústria de alimentação apresentou um recuo de 0,83% em vendas reais.
De acordo com a Abia, o último bimestre do ano tende a ser melhor para as indústrias de alimentação, devido às festas de fim de ano, que impulsionam as vendas do setor. Por isso, a perspectiva é de uma pequena recuperação nesse período. A entidade acrescenta ainda que o desempenho é fraco, mas ainda fica acima da variação do Produto Interno Bruto (PIB), que cai 3,5% neste ano e 2,3% no próximo ano, de acordo com o último Boletim Focus do Banco Central.
Em relação à produção, a entidade estima um incremento de 1% a 1,4% no setor em 2016. A projeção anterior era de um crescimento entre 1,2% e 1,5%.
Em 2015, estima a Abia, o setor encerra o ano com um crescimento na produção física entre 0,2% e 0,8%. A previsão anterior era de que a produção poderia crescer entre 0,5% e 1,1% neste ano.
No acumulado de 12 meses até outubro, o setor apresentou queda de 0,8% na produção de alimentos. Na avaliação da entidade, a indústria da alimentação tem resistido melhor à crise econômica do que outros setores industriais pelo fato de alimento ser um item de primeira necessidade.
Em relação às exportações, a Abia elevou a projeção para o próximo ano, levando em consideração o câmbio mais favorável e a possível abertura de novos mercados e ampliação de acordos comerciais com outros países. A entidade projeta para 2016 exportações da ordem de US$ 42 bilhões, o que representa um aumento de 16,7% em relação aos números deste ano. A previsão anterior era de vendas menores, entre US$ 38 bilhões e US$ 41 bilhões.
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