À medida que a indústria farmacêutica entra em uma nova década, o setor redobra a aposta em medicamentos inovadores. E, apesar dos desafios da pandemia da Covid-19, analistas da Evaluate Pharma projetam um crescimento para os próximos anos e destacam os 15 laboratórios com maior projeção de vendas até 2026, segundo reportagem do portal Fierce Pharma.
1 – Roche
Vendas estimadas em 2026: US$ 61,9 bilhões
Vendas em 2019: US$ 48,2 bilhões
Impulsionada por novos lançamentos em oncologia, esclerose múltipla e hemofilia, a Roche deve liderar as vendas de 2026. Sua presença no topo é um tanto surpreendente, uma vez que a concorrência dos biossimilares com seu trio de mega bloqueadores de câncer – Avastin, Herceptin e Rituxan – deve gerar um rombo de US$ 10 bilhões em sua receita.
2 – Pfizer
Vendas estimadas em 2026: US$ 56,1 bilhões
Vendas em 2019: US$ 46,1 bilhões
A Pfizer pode ver um crescimento anual de 2,83% até 2026, atingindo US$ 56,1 bilhões em receita, um salto de mais de US$ 5 bilhões em relação ao total de 2019. A companhia precisará se apoiar em suas lucrativas marcas de biofarma, que apresentaram um crescimento de 12% no primeiro trimestre, com pouco mais de US$ 10 bilhões em receita.
3 – Johnson & Johnson
Vendas estimadas em 2026: US$ 54,6 bilhões
Vendas em 2019: US$ 42,4 bilhões
A Johnson & Johnson concentra esforços em novos lançamentos e expansões de rótulos. O aumento das vendas levará a empresa a mais de US$ 54 bilhões em vendas até 2026, crescimento anual de 3,75%.
4 – Novartis
Vendas estimadas em 2026: US$ 54,2 bilhões
Vendas em 2019: US$ 46 bilhões
A Novartis ostenta um amplo portfólio com medicamentos de referência, abrangendo imunologia, cardiologia, neurociência, oncologia e outros. A farmacêutica também conta com a China para impulsionar seu crescimento, planejando mais 50 aprovações de novas drogas no país.
5 – AbbVie
Vendas estimadas em 2026: US$ 53,6 bilhões
Vendas em 2019: US$ 32,3 bilhões
A AbbVie prepara-se para um grande desafio. O Humira, o medicamento mais vendido da indústria farmacêutica, deve perder a exclusividade nos Estados Unidos em 2023. Sabendo que bilhões de dólares em receita estão em risco, a companhia concordou, no ano passado, em desembolsar US$ 63 bilhões para a Allergan, pegando carona no o sucesso de produtos como o Botox.
6 – MSD (Merck & Co.)
Vendas estimadas em 2026: US$ 52 bilhões
Vendas em 2019: US$ 40,9 bilhões
O sucesso da MSD (Merck & Co.) com o Keytruda continua a sustentar a receita da empresa, enquanto o CEO Ken Frazier trabalha nos bastidores para garantir que a companhia tenha vida além da droga contra o câncer. Espera-se que a Merck fature quase US$ 52 bilhões em 2026, contra US$ 46,8 bilhões no ano passado.
7 – Sanofi
Vendas estimadas em 2026: US$ 49,5 bilhões
Vendas em 2019: US$ 40,2 bilhões
Na Sanofi, a pesquisa e o desenvolvimento em diabetes e campos cardiovasculares, por exemplo, abriram espaço para investimento em remédios contra o câncer e, doenças raras. A farmacêutica também está investindo em vacinas. Em junho, comprometeu US$ 554 milhões em uma nova fábrica no leste da França, como parte do esforço contra a Covid-19.
8 – GlaxoSmithKline (GSK)
Vendas estimadas em 2026: US$ 47,5 bilhões
Vendas em 2019: US$ 37,1 bilhões
Até 2026, a Evalute Pharma prevê que a receita da GlaxoSmithKline (GSK) chegará a US$ 47,5 bilhões. De longe a maior estrela em ascensão na GSK, a vacina contra a herpes zóster Shingrix excedeu as expectativas desde que foi aprovada pela primeira vez, em 2017.
9 – Bristol Myers Squibb (BMS)
Vendas estimadas em 2026: US$ 43,8 bilhões
Vendas em 2019: US$ 25,2 bilhões
A Bristol Myers Squibb (BMS) entrará no top 10 graças à droga do câncer Opdivo e o diluente de sangue Eliquis. Em novembro, a Bristol fechou sua megafusão de US$ 74 bilhões com a Celgene, cujos medicamentos adicionaram US$ 17 bilhões à receita líquida da companhia.
10 – AstraZeneca
Vendas estimadas em 2026: US$ 41 bilhões
Vendas em 2019: US$ 23,2 bilhões
A AstraZeneca está surfando uma onda com seus medicamentos para oncologia e doenças raras, e pode subir para US$ 41 bilhões em receita em 2026. Atingir esse número elevado exigiria que a companhia cresça em um impressionante índice de 8,47% ao ano. No primeiro trimestre, as vendas de câncer da AstraZeneca aumentaram 33% em relação ao ano anterior, impulsionadas pelo Tagrisso.
11 – Takeda
Vendas estimadas em 2026: US$ 35,3 bilhões
Vendas em 2019: US$ 29,8 bilhões
A Takeda está se concentrando em cinco áreas: gastroenterologia, doenças raras, oncologia, neurociência e terapias derivadas de plasma. Isso é feito com a transferência de ativos não essenciais que valem US$ 10 bilhões, o que reduzirá sua receita. Num futuro próximo, o medicamento mais vendido e o principal motor de crescimento será o Entyvio, para combater doenças inflamatórias intestinais.
12 – Eli Lilly
Vendas estimadas em 2026: US$ 29,9 bilhões
Vendas em 2019: US$ 20,1 bilhões
Diante do envelhecimento do portfólio de medicamentos nos últimos anos, a Eli Lilly fez grandes progressos ao focar em novos medicamentos. Os analistas preveem que a empresa gerará um crescimento médio anual de 5,8% até 2026, mesmo em meio a duras perdas de exclusividade, como a do Cialis (contra a disfunção erétil).
13 – Amgen
Vendas estimadas em 2026: US$ 28,4 bilhões
Vendas em 2019: US$ 22,2 bilhões
Atingida por perdas de patentes nos últimos anos, a Amgen está voltando ao crescimento em 2020. Os analistas acreditam que a empresa gerará um crescimento médio anual de 3,56% até 2026. Parte do impulso virá do medicamento para psoríase Otezla.
14 – Novo Nordisk
Vendas estimadas em 2026: US$ 27,3 bilhões
Vendas em 2019: US$ 18,3 bilhões
Em meio à tentativa da Novo Nordisk de colocar seu medicamento para diabetes oral Rybelsus no mercado no ano passado, a semaglutida injetável Ozempic superou as expectativas com receita de US$ 1,65 bilhão. A previsão é de um crescimento anual de 5,9% até 2026. O laboratório, focado no diabetes, ambiciona também ganhar espaço em medicamentos contra a obesidade.
15 – Gilead Sciences
Vendas estimadas em 2026: US$ 22,3 bilhões
Vendas em 2019: US$ 21,7 bilhões
A Gilead Sciences está em alta nos últimos meses em razão do remdesivir, o antiviral autorizado para uso emergencial em pacientes com Covid-19. No entanto, são os remédios contra o HIV que mantêm a projeção de alta. Mas os analistas alertam que essa categoria pode não ser suficiente para sustentar a curva de expansão.
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