O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado que se reuniu com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e determinou que o laboratório químico e farmacêutico do Exército amplie imediatamente a produção da hidroxicloroquina, medicamento que mostrou resultados promissores em testes para tratamento contra o coronavírus. Apesar disso, ainda não há provas de sua eficácia.
Ao fazer o anúncio, por meio de suas redes sociais, Bolsonaro repete a estratégia do presidente norte-americano, Donald Trump. A repercussão desse tratamento ganhou força justamente depois de o norte-americano pedir agilidade ao FDA, o órgão fiscalizador e de vigilância sanitária dos EUA, na liberação da indicação do medicamento para o novo coronavírus. Trump tem como base um estudo feito na França em que o remédio foi testado em 24 pacientes e, nesta amostra, teve bons resultados de eficácia.
Os pronunciamentos otimistas de Trump provocaram uma corrida pelo remédio nos Estados Unidos antes mesmo que os testes sejam concluídos e seus efeitos comprovados. O produto está esgotado em várias redes de farmácias norte-americanas, o que também aconteceu em algumas cidades brasileiras.
No vídeo, Bolsonaro também menciona o fato de a farmacêutica EMS, em conjunto com o Hospital Albert Einstein e outras instituições de saúde, terem iniciado estudos clínicos sobre a hidroxicloroquina, no tratamento da covid-19. A farmacêutica é quem produz esse remédio no país, indicado para o tratamento de lúpus e malária.
O início dos testes depende da permissão da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep), órgão ligado ao Conselho Nacional de Saúde. A expectativa é que a autorização ocorra em até 30 dias. “Tenhamos fé que, em breve, ficaremos livres desse vírus”, disse o presidente. Por fim, Bolsonaro disse que o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, determinou ainda que a hidroxicloroquina não pode ser vendida a outros países porque “esse medicamento também é usado no Brasil”.
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