Fundada em 1984 pelo indiano Andy Reddy’s, como uma fábrica de matéria-prima para indústria farmacêutica, a Dr. Reddy’s é hoje uma empresa que fatura US$ 2,4 bilhões e tem buscado no Brasil uma plataforma para crescer em medicamentos genéricos. À frente do grupo no País, o executivo indiano Anil Dhamani quer maior abertura para os produtos da companhia nas áreas cardiovascular, gastro, diabetes e oncologia “Temos produtos na área de oncologia que hoje são referências nos EUA para tratamento”, diz. Desde 2015 na companhia, o executivo, que “arranha” um bom português, quer transformar o Brasil em um dos seus principais mercados entre os países emergentes.

O mercado já rompeu o preconceito em relação aos produtos genéricos?
Digo que não foi muito fácil introduzir medicamentos genéricos para tratamento oncológico, de maneira geral. Os desafios estão nas grandes redes hospitalares que são especializadas em tratamento de câncer. Há uma resistência de conceito, mas que tem sido derrubada. Aqui no Brasil trouxemos alguns médicos líderes de opinião globais na área de mieloma múltiplo e câncer de próstata para falar sobre o assunto nas principais redes de hospitais.

Quais as estratégias de expansão da Dr. Reddy’s no Brasil?
Temos 25 fábricas espalhadas pela índia, EUA e Europa, além de 11 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D). O Brasil sempre foi muito importante para a empresa. Chegamos aqui em 2004, criamos uma subsidiária e 4 anos depois fizemos uma parceria com a GSK, desfeita em 2013.

Desde 2015, porém, traçamos uma nova estratégia, focada no lançamento de produtos de altíssima complexidade e padrões de qualidade diferenciados em relação à indústria local e até mesmo mundial. Somos uma das maiores empresas globais de genéricos, líderes em diversas moléculas no mercado americano de genéricos oncológicos. Produtos de varejo, biossimilares e até mesmo um planta de produção local estão no nosso horizonte a médio e longo prazos.

Quais remédios já possuem aqui?
Temos dois para câncer de próstata, dois para mama e um para mielodisplasia, além de outro na área hospitalar. Nossa estratégia é lançar seis novos produtos em 2019, totalizando 15 novos produtos até o final de 2020. Começamos aqui com seis funcionários e hoje estamos com mais de 50. Pretendemos dobrar o número em 2020. Investimos R$ 32 milhões em um laboratório de qualidade e queremos aumentar nossa presença.

Fonte: http://sindusfarma.org.br/cadastro/index.php/site/ap_imprensas/imprensa/2549

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