Foram vendidas 1,237 bilhões de unidades, alta de 13%. No mercado total, a evolução foi de 8,79%
A venda de medicamentos genéricos vem crescendo mais que o mercado total. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (ProGenéricos), com base em levantamento do IQVIA, consultoria do setor, no terceiro trimestre as farmácias comercializaram 423 milhões de unidades, crescimento de 11,08% frente ao mesmo período do ano anterior. Já o mercado farmacêutico total apresentou evolução de 5,36% em unidades vendidas.
Em faturamento, o segmento registrou alta de 20% no terceiro trimestre, no comparativo com o mesmo período de 2019, chegando a R$ 3,11 bilhões. No acumulado do ano, a venda de genéricos cresceu de 13% no número de unidades, somando 1,237 bilhões de unidades. No mercado total, a evolução foi de 8,79% e foram comercializados 3,529 bilhões de unidades. Em valor, as vendas de genéricos atingiram R$ 8,64 bilhões, alta de 19,42%.
“O crescimento é reflexo do aumento de volume e da expansão das vendas de genéricos de maior valor agregado, caso dos produtos voltados para o tratamento do sistema nervoso central, por exemplo”, afirmou Telma Salles, presidente da ProGenéricos.
Para se ter uma ideia, segundo a entidade, a venda de medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos subiu no acumulado do ano, com expansão de 27% e 13% respectivamente. Foram vendidas 42 milhões de unidades de antidepressivos e 46 milhões de unidades de ansiolítico.
Outro fator que contribuiu para a melhora do faturamento do segmento no mercado brasileiro foi o lançamento de moléculas inéditas no país neste ano. Até setembro, três novos genéricos começaram a ser vendidos nas farmácias brasileiras: Valganciclovir, para infecção; Rasagilina, para o sistema nervoso central; e a Acitretina, medicamento dermatológico. “Hoje, representamos 35% do mercado e, certamente, ficaremos mais próximo de 40% neste ano. Em até quatro anos, a estimativa é que a nossa participação chegue a 50%”, disse Telma Salles.
A EMS, líder do segmento, apresentou crescimento de 12% no volume comercializado no acumulado de janeiro a setembro. Segundo Aramis Domont, diretor comercial da unidade de genéricos, no período foram comercializadas 167,5 milhões de caixas e em 12 meses, 220 milhões de caixas. “ A nossa média mensal passou de 17,2 milhões de unidades em 2019 para 18,3 milhões de unidades. O portfólio atende a 96% das classes terapêuticas no país”, disse o executivo.
Domont acrescentou que a unidade de genéricos deve fechar o ano com faturamento de R$ 1,8 bilhão, o que corresponde a alta de cerca de 20%. “Para isso, além do aumento no volume, estamos melhorando o nosso portfólio com o lançamento de genéricos. Somente neste ano, vamos apresentar três novas moléculas no país”, disse o executivo.
Segundo ele, a EMS vai lançar em novembro a pregabalina, usada no tratamento de dor crônica, um mercado que movimenta R$ 270 milhões. A empresa também lançou o cetoprofeno, um anti-inflamatório e analgésico na apresentação de 150 miligramas e que vende R$ 138 milhões, e a desvelafaxina, usada no tratamento do transtorno depressivo maior, cujo mercado é de R$ 303 milhões.
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