A empresa norte-americana de biotecnologia Novavax anunciou esta sexta-feira que iniciou, no Reino Unido, a fase final dos ensaios clínicos da vacina experimental para combater a pandemia de covid-19.
O objetivo do estudo é incluir 10 mil participantes com idades entre os 18 e os 84 anos, noticia a agência AFP.
“Devido ao alto nível atual de transmissões de SARS-CoV-2, e dado que provavelmente continuará a ser alto no Reino Unido, estamos otimistas de que o ensaio clínico beneficiará de um recrutamento rápido e apresentará resultados de eficácia a curto prazo”, explicou, através de um comunicado, o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Novavax, Gregory Glenn.
Esta é a 11.ª vacina experimental do mundo a entrar na última fase de testes clínicos e a envolver dezenas de milhares de participantes.
Normalmente, metade dos participantes recebe um placebo [agente neutro] e a outra metade é testada com a vacina.
No ocidente, os projetos em fase mais avançada são os desenvolvidos pela AstraZeneca, parceira da Universidade de Oxford, no Reino Unido, pela Pfizer e pela Moderna.
Também há projetos chineses e russos que já chegaram à fase final de testes.
Novavax. Que empresa é esta?
A Novavax é uma das seis empresas financiadas com centenas de milhões de dólares pelo Governo dos Estados Unidos e a quinta a entrar na última fase de testes.
A empresa de biotecnologia recebeu mais de 1,6 mil milhões de dólares (cerca de 1,3 mil milhões de euros) de dinheiro público norte-americano para financiar a produção de 100 milhões de doses.
AS VACINAS MAIS PROMISSORAS NO COMBATE À COVID-19
Laboratórios por todo o mundo estão numa corrida contra o tempo para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus. Há dezenas de equipas a testar várias candidatas a vacina, algumas estão mais avançadas e são promissoras.
Segundo o London School of Hygiene & Tropical Medicine, (que tem um gráfico que mostra o progresso das experiências) há 243 projetos e 43 estão na fase de ensaios clínicos, sendo que 8 estão na fase III – que consiste na inoculação da vacina em milhares de voluntários a fim de determinar se impede de facto a infeção.
Apesar do agora suspenso ensaio clínico, o projeto entre a Universidade de Oxford e a AstraZeneca é um dos mais promissores, a que se juntam os da Pfizer e da BioNTech, da Moderna e de vários projetos chineses, nomeadamente da CanSinoBIO que já obteve autorização para administrar a vacina em militares chineses.
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