O Brasil ocupa hoje a sétima posição na economia farmacêutica mundial, com previsão de ultrapassar a França nos próximos dois anos. A afirmação é de Eduardo Rocha, diretor-sênior de relacionamento com parceiros estratégicos para a América Latina da IQVIA. O executivo traçou o perfil do mercado farmacêutico atual e futuro durante o XX Encontro Paulista de Farmacêuticos, promovido pelo CRF-SP no último dia 17 de janeiro.

Segundo o executivo, a demanda de todos os produtos vendidos nas farmácias e drogarias totalizou 6 bilhões de unidades, o equivalente a R$ 120,2 bilhões. As informações correspondem ao montante comercializado de dezembro de 2018 a novembro de 2019 nas mais de 80 mil farmácias brasileiras, o que significa uma cobertura de 95% da população.

Do valor movimentado no setor, os medicamentos representaram 71%, sendo 56% de prescrição. Os não medicamentos totalizaram 29%. “O crescimento nesse quesito saltou de 5,4% em 2018 para 7,1% em 2019 devido à incorporação de novas drogas de altíssimo valor agregado, como as que estão revolucionando o mercado de diabetes”, ressalta Rocha.

Já em relação aos canais de venda, as farmácias associativistas, representadas especialmente pela Febrafar, foram as que mais cresceram (13%), seguidas das grandes redes (7%) e das independentes (2%). Mas o grande varejo, que integra a Abrafarma, ainda detém 57,4% do market share. “Mas apesar de terem aberto 2.400 lojas, as redes têm um crescimento limitado por concorrerem entre si. Quem ganha com isso é o associativismo, que entendeu o momento em que o país está passando, com 13 milhões de desempregados, e adequaram o mix a uma realidade mais acessível”, avalia.

Novas lojas x fechamento

Ainda de acordo com o estudo, as farmácias independentes abriram 10 mil pontos de venda e fecharam impressionantes 6 mil. Um movimento similar foi seguido pelas grandes redes, que inauguraram 2.100 unidades e encerraram operações de outras 1.100. Já o associativismo implementou 1.700 lojas e fechou 110. O maior mercado continua sendo São Paulo, mas Minas Gerais é o único estado que cresceu nos últimos dois anos, por ter uma economia muito diversificada e muitas cidades. “Quase 75% do mercado farmacêutico brasileiro está concentrado em oito estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Goiás”, conclui.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/01/22/varejo-farmaceutico-brasileiro-deve-superar-o-frances-em-2022/

Uma Resposta para “Varejo farmacêutico brasileiro deve superar o francês em 2022”

  1. LIBORIO LOMONACO

    População e PIB de Brasil e França se equivalem proporcionalmente.
    Consumo em farmácia com remédios em valores acima do Brasil, aponta que eles são mais doentes. ( se os medicamentos representam 70% do valor)

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