A indústria de medicamentos genéricos registrou crescimento de 6,29% no número de unidades vendidas nos primeiros seis meses deste ano no comparativo com igual período de 2018. No total, foram comercializadas mais de 700 milhões de unidades no semestre, de acordo com balanço da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) a partir de dados da IQVIA.
No mesmo intervalo, as vendas de medicamentos de referência, ou inovadores, registram queda de 0,20%. Esse resultado tem como referência o ano anterior. Além disso, os similares cresceram 2,93%. Assim, os números de vendas de genéricos confirmam a posição desta categoria de medicamentos como motores de crescimento da indústria farmacêutica no mercado doméstico, bem como o principal instrumento de ampliação do acesso a medicamentos no País.
Com o resultado, os genéricos fecharam o semestre com 34,07% de participação do mercado medicamentos, em unidades. Isso representa o melhor índice da série desde que chegaram ao mercado no ano 2000. O índice corresponde apenas às vendas de genéricos realizadas no varejo. O índice não compreende as vendas para hospitais e setor público.
De acordo como balanço da PróGenéricos, os genéricos também registraram forte aderência da classe médica no primeiro semestre do ano. Dos dez medicamentos mais prescritos no País no período, seis são genéricos. Esse indicador demonstra claramente a confiança dos médicos no segmento, diz a presidente da PróGenéricos, Telma Salles.
De acordo com Telma os resultados do semestre mostram que os genéricos estão cumprindo seu papel de viabilizar o acesso dos consumidores a medicamentos no País. Mais baratos e com a mesma qualidade dos medicamentos de referência, os genéricos estão garantindo que os consumidores consigam seguir com seus tratamentos. Isso é essencial neste momento de crise econômico e forte aperto no orçamento das famílias.
Outras informações sobre as vendas de genéricos
Os genéricos, por lei, custam 35% menos que os medicamentos de referência. Na prática, com os descontos oferecidos pelos fabricantes, o índice de redução de preços pode chegar a até 60% no varejo farmacêutico.
Os medicamentos genéricos chegaram ao mercado em 2000. Assim, desde então, eles já proporcionaram R$ 137,8 bilhões em economia de gastos com medicamentos para os consumidores brasileiros. O valor é potencialmente maior, uma vez que indicador só considera os 35% de desconto previsto na lei.
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