O Brasil é o mais novo país a contar com um projeto para o desenvolvimento de medicamentos com IA.  A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) é a responsável por trazer tal inovação ao país. As informações são do portal RP10.

O Laboratório de Sistemas Complexos, do departamento de Química da universidade, passou a utilizar a inteligência artificial explicável (IAE), na qual os pesquisadores conseguem analisar grandes volumes de dados toxicológicos, evitando que pesquisas avancem sem informações claras sobre a toxicidade de suas substâncias.

A IAE é um tipo de inteligência artificial cujo algoritmo é menos complexo para o entendimento humano, facilitando a compreensão do “raciocínio” da máquina. Além disso, a solução também expõe melhor como funcionam as interações entre as substâncias.

Desenvolvimento de medicamentos com IA: foco inicial em neurologia 

As primeiras pesquisas conduzidas com uso da inteligência artificial pela PUC-RJ, conforme divulgado na ACS Chemical Neuroscience da American Chemical Society, tiveram como foco a neurologia. Os pesquisadores utilizaram a tecnologia para compreender de forma mais profunda como os medicamentos podem entrar de forma mais eficaz no cérebro humano.

Além dessa especialidade, tal estudo também é importante para potencializar a ação de outros remédios, como os analgésicos e, também, aqueles para distúrbios emocionais. Com a IA, os pesquisadores conseguiram entender o porquê de certos fármacos conseguirem passar pela barreira hematoencefálica e outros não.

A tecnologia também está sendo usada para identificar substâncias que podem causar alterações genéticas e câncer devida à sua toxicidade. Futuramente, a solução será utilizada para estudar os disruptores endócrinos.

Inteligência artificial no acesso a medicamentos 

Se a PUC-RJ é uma das percursoras no uso da inteligência artificial para a produção de medicamentos no país, um estado já fazia uso da tecnologia para ampliar o acesso a tratamentos. A defensoria Pública do Rio Grande do Sul passou a utilizar a solução para agilizar o processo de análise de documentações em processos para o recebimento gratuito de remédios em janeiro deste ano.

Por meio da tecnologia, a Defensoria tem como objetivo agilizar a análise de documentos e otimizar a geração de petições, tornando o processo de obtenção dos remédios mais rápido e assertivo. “A união de tecnologia de ponta com missão social ilustra um exemplo de como a inovação pode ser aplicada para atender as necessidades da população de maneira eficaz e humanizada”, comenta o defensor público e coordenador do Centro de Atuação Especializada, Marcelo Piton.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/desenvolvimento-de-medicamentos-com-ia/

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