De acordo com a Abrafarma, a venda de genéricos vem ganhando protagonismo na operação das grandes redes de farmácia. Entre janeiro e abril de 2024, a comercialização desses medicamentos cresceu 15,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. As informações são do Estadão Conteúdo.

A alta é maior do que a registrada na venda de remédios em geral no ano de 2023 (5,6%) e também do que o volume de genéricos comercializados em todo o varejo farmacêutico (5%), segundo dados da PróGenéricos.

A venda de genéricos avançou 15,8%, enquanto o faturamento geral de medicamentos avançou 14,9%. Isso significa que vendemos muito mais genéricos, pois o valor em dinheiro das unidades é menor”, afirma, em entrevista ao Broadcast, Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Mas nem tudo são flores. O executivo também afirmou que apenas 70% do que é encomendado pelas farmácias realmente chega às lojas. Quando se fala das farmácias independentes, esse cenário é ainda mais preocupante. “Enquanto grandes redes recebem cerca de 70% do que encomendam, as redes independentes chegam a receber apenas 50% e convivem com a falta de produtos”, aponta.

Alta venda de genéricos vs. desabastecimento 

Apesar da alta demanda, o executivo alerta que os problemas de abastecimento apontados não são de fácil resolução. Segundo ele, aumentar a produção de medicamentos genéricos geraria uma saturação das marcas. Além desse entrave, as patentes ainda ativas também podam esse mercado.

Barreto destaca que, com uma produção interna de princípios ativos ainda baixa, a compra de matéria-prima no Exterior freia a fabricação de fármacos no país.

Com todos esses fatores causando dificuldades para as drogarias estabelecerem seu mix, quem sofre são as pequenas empresas. Nos últimos 24 meses, 87,6% das farmácias que fecharam eram independentes.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/venda-de-genericos-grandes-redes/

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