Os supermercados de São Paulo, maior mercado de varejo alimentar do país, projetam crescer 4,5% em 2024, em termos reais, abaixo do ritmo registrado de janeiro a abril, quando a alta alcançou 5,2%, informou, nessa quarta-feira (26), a Apas, a associação do setor no Estado.

No acumulado de 2023, o avanço foi de 10,1% nas vendas, crescimento que refletiu uma base mais ampliada de supermercados que passaram a fazer parte do levantamento.

Essa estimativa de desaceleração na venda no ano, frente a 2023 e ao acumulado até abril, é efeito do cenário de taxas de juros mais altas por mais tempo, como o Banco Central já sinalizou, e do aumento de preços, que impacta o volume vendido.

Apesar de o setor alimentar não ter efeitos de crédito mais caro tão diretos como o varejo de duráveis, por exemplo, há uma consequência, já que a Selic se mantendo mais alta por tempo maior compromete o orçamento geral das famílias.

Na edição dessa quarta-feira (26), o Valor trouxe esse tema relativo ao ritmo de crescimento de volume e da receita das empresas de varejo, afetadas pela recente aceleração da inflação. Em termos de preços, a Apas informou que o índice do setor em São Paulo subiu 1% em 2023, e a estimativa é uma alta de 4,2% em 2024 — em 2022, houve deflação de 16,

“Nós estimamos uma desaceleração na taxa de crescimento em 2024 frente ao ano anterior, porque, em 2023, tivemos um impacto positivo da base fraca de comparação de 2022, e houve um efeito inicial do programa Desenrola e do cenário de expansão em emprego mais consistente”, diz Felipe Queiroz, economista da Apas.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/06/26/supermercados-de-sp-devem-crescer-45percent-em-2024-abaixo-da-alta-de-2023.ghtml

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