Um dos pontos exigidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, o termo de logística reversa determina que a embalagem do produto que pode ser reaproveitada deve voltar para a indústria para que ela recicle ou reaproveite o material.

Empresas de embalagens e o governo do estado assinarão nesta quarta-feira (23), o termo de logistica reversa, que determina que o a embalagem do produto que pode ser reaproveitada deve voltar para a indústria fabricante para que ela recicle ou reaproveite o material. O termo é um dos pontos exigidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2010.

O objetivo é diminuir a quantidade de resíduos em aterros. Com o cumprimento do termo, a expectativa é a de que isso gere renda para os trabalhadores que separam material reciclável e para a própria indústria, que reutiliza o material e gasta menos com matéria-prima.

O termo será assinado entre 22 sindicatos e associações de empresas de embalagens, Fiesp, Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que vai fiscalizar a aplicação da lei.

Projeto piloto poderá ser ampliado para o estado de SP

As empresas vão precisar comprovar que compram o resíduo do material que elas mesmas produziram. Por enquanto, é um projeto piloto na região metropolitana e pode ser ampliado para todo o estado. As metas variam de acordo com o setor. Para os produtores de embalagens, a intenção é recolher 22% do material.

As empresas que não cumprirem o acordo serão penalizadas, de acordo com Geraldo Amaral Filho, diretor de controle e licenciamento ambiental da Cetesb. “As empresas que não se adequarem e que não cumprirem as metas não terão sua licença de operação renovada no momento dessa renovação. A ideia é condicionar e chamar às empesas a sua responsabilidade ambiental e social e garantir que nós diminuamos a quantidade de lixo produzido que a sociedade não suportar”, diz ele.

Vidro é 100% reciclável

O vidro é o único material 100% reciclável. A cada dez embalagens, 4 são recicladas, 2 são reutilizadas e 4 são retornáveis, de acordo com Michelle Shayo, diretora de uma empresa de emabalagens. “Depois de usado, o vidro é reutilizável. A gente consegue usar para outras coisas, pegar potinho de vidro e guardar outros objetos… A retornabildiade dele permite que ele seja reenchido várias vezes. Por exemplo, a gente tem a garrafa retornável, (que permite) várias vezes ir ao mercado com a mesma garrafa e não ter quer fabricar nova embalagem”, explica ela.

 

Assim, o meio ambiente ganha e a empresa economiza: 30% da produção atual vêm dos cacos de vidro reaproveitados.

Cooperativas esperam ganhar mais

Para as cooperativas de reciclagem que separam o material, o cumprimento da logística reversa deve aumentar os ganhos porque as empresas se comprometem a comprar o que elas separam. Só uma cooperativa em São Mateus na Zona Leste recebe 50 toneladas de lixo reciclável por semana.

“Meu sonho é comprar um caminhão e fazer coleta porta a porta de condomínio. Tenho certeza que não vai faltar material para ninguém. Temos 53 (pessoas) trabalhando todo dia e tem gente na porta precisando de trabalho”, diz Dulce Alves de Andrade, presidente da cooperativa.

Cada separador de recicláveis ganha, em média, um salário mínimo por mês. Isso porque São Paulo reaproveita apenas 2,% do lixo que recolhe. Parte desse processo depende de separar o o lixo e dar a destinação adequada.

 Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/termo-que-regulamenta-que-industria-recicle-sua-propria-embalagem-e-assinado-em-sp.ghtml

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