Um dos maiores desperdícios do universo da beleza é por causa de embalagens desnecessárias.

E se a gente te contasse que uma das maiores tendências de beleza do momento não tem nada a ver com a maquiagem em si? Seguindo a discussão sobre sustentabilidade na indústria da moda, cada vez mais companhias de beleza têm repensado as suas embalagens para aperfeiçoar a produção de uma forma que polua menos o meio ambiente.

Afinal, a maior parte dos produtos são embalados em plástico — que demora pelo menos 450 anos para ser decomposto. A Lush é uma das empresas pioneiras nesta discussão. Grande parte de seus produtos são vendidos “pelados” e são feitos em forma sólida, como os xampus. “De janeiro de 2015 a janeiro de 2016, as vendas globais de xampu sólido evitaram a criação de 15.890.925 frascos plásticos”, revela relatório da marca. “Embalagem é lixo, e nós as usamos em quantidade por muito tempo. Agora que os verdadeiros custos financeiros e ambientais disso tornam-se óbvios, os consumidores estão desafiando fabricantes e varejistas a cortá-las. Empresas como a nossa precisam ser criativas e oferecer inovações visando a compra de produtos verdadeiramente pelados”, diz Mark Constantine, um dos fundadores da Lush.

A Natura também não fica atrás, já que sempre teve sustentabilidade como uma de preocupações. Boa parte de suas embalagens é feita de material reciclado, seja o pet, o plástico verde (que é feito a partir de cana de açúcar e não petróleo) e, mais recentemente, o vidro. “Por ano, retiramos 249 toneladas de plástico de aterros. Isso equivale a 5 milhões de garrafas pet”, explica Renata Puchala, porta-voz de sustentabilidade da Natura. “Cada vez mais, o consumidor tem um genuíno interesse em saber o que as marcas estão fazendo de diferente. E, por isso, várias empresas estão buscando se reposicionar e apostar na sustentabilidade”, comenta sobre o momento.

Recentemente, outras labels têm mostrado este tipo de preocupação. A Bodyography é um exemplo. A marca recentemente se propôs a usar metade do plástico utilizado originalmente para seus itens e se envolver mais no quesito reciclagem. Lori Leib, diretora criativa da label, pontua o problema do material: “Plástico barato é exatamente isso: econômico, fácil de produzir em massa, porém acarreta em muito desperdício”, diz em entrevista à Allure. A maquiadora conta que embrulhos sustentáveis acabam subindo o valor de um produto. “Elas passam por um processo que é mais caro, mas os laboratórios que manufaturam estas embalagens usam menos água e se preocupam com o desperdício de eletricidade também. Então vale a pena colocar isto em nosso orçamento para ser uma marca consciente de verdade”.

Outro exemplo é a Dior em sua linha de skincare Hydra Life. O pacote foi criado “removendo qualquer tipo de elemento desnecessário (como o folheto e o papel celofane que envolve o produto) e reduzindo o peso do vidro dos potes”.  Mudanças pequenas que já têm um impacto positivo ao meio ambiente. O O Boticário também começa a apostar em embalagens conscientes a partir de sua nova linha Cuide-se Bem Nuvem, que utiliza o plástico verde de cana de açúcar.

Fonte:http://elle.abril.com.br/beleza/e-hora-de-repensar-as-embalagens-dos-produtos-de-beleza/

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