Uma safra agrícola extraordinária foi um dos fatores responsáveis por fazer de 2017 um marco na história da indústria alimentícia brasileira e no agronegócio mundial. “Este ano choveu comida”, assinala Amilcar Lacerda, diretor-adjunto de Economia e Estatística da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia). E, a partir dessa safra, a indústria alimentícia cresceu mais que as estimativas de aumento para o PIB, que são de 0,7%. “O setor de alimentos processados e bebidas deve fechar 2017 com crescimento de 1,2% acima do registrado em 2016. Superamos o PIB brasileiro”, afirma o economista.
Para 2018, há indicadores de que o setor se manterá em crescimento. Pelas excelentes condições climáticas no plantio e na colheita, a safra agrícola cresceu 31% em relação à anterior. Até agosto, já somava 250 milhões de toneladas de grãos – 60 milhões a mais que a anterior. Dividindo esse número pelos 207,6 milhões da população (dados do IBGE), foram 300 quilos a mais de alimentos para cada brasileiro. As vendas reais do setor alimentício cresceram 2,2% até agosto, tomando por referência igual período de 2016. Pelos dados da associação, 67,7% das vendas no setor em 2016 foram para o varejo alimentício, e 32,3% foram para o food service. A indústria de transformação foi responsável por 7,3 milhões de empregos, enquanto o setor de bebidas e alimentos industrializados empregou 1,6 milhão.
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