‘Lei dos Canudinhos’ foi sancionada por Crivella no início de julho. Veja exemplos de materiais que podem substituir outros que têm impactos negativos no meio ambiente.
Desde que a “Lei do Canudinho” foi sancionada pelo prefeito Marcelo Crivella, no início de julho, a busca por objetos com substitutos ao plástico aumentou de forma significativa.
O faturamento aumentou em até 100%, de acordo com alguns comerciantes e produtores do mercado dos sustentáveis ouvidos pelo G1. Produtos como o canudo de papel e os copos de silicone já estão em falta para a venda em alguns lugares.
Funcionários de bares e lanchonetes e ambulantes têm reclamado que já estão sem canudos e que não conseguem encomendar os canudinhos de papel porque as empresas estão sem estoque por conta da demanda.
Para não dependerem da oferta dos estabelecimentos na hora em que compram uma bebida, muitas pessoas estão tendo a iniciativa de comprar seus próprios canudos, que podem ser carregados na bolsa ou na mochila.
Além do canudo de papel, existem várias opções que já estão sendo comercializadas, como é o caso dos canudinhos de bambu, o canudinho de inox e o de vidro. Todos vêm com escovinha para limpeza e até capinha para embalar.
O kit com quatro canudos de inox custa cerca de R$ 45. O de vidro, vendido por unidade, pode ser encontrado a R$ 17. Já o de bambu, por R$ 18,90.
Gustavo Peixoto, diretor executivo da Rio2Love, explica que os canudinhos sustentáveis têm acabado antes mesmo de irem para prateleira. A marca funciona como um “marketplace”, que garimpa produtos sustentáveis na internet, faz parceria com fabricantes e leva os produtos para venda online ou no showroom, que fica em Ipanema, Zona Sul do Rio.
“O que mais vende é o canudo de vidro. Chegam 300, 500 até mil deles, e vende tudo. Dos de bambu, mais artesanais, recebemos até 100 unidades e acabam rapidamente. Os de inox têm um ritmo muito grande de saída também”, explica Gustavo.
O excutivo afirma que os canudos representam boa parte das vendas.
“Os canudos, em geral, representam 40% das nossas vendas hoje. Englobando outros produtos sustentáveis, a representatividade nas vendas é de 90%”.
Ele revela também que o aumento em seu faturamento no mês de junho foi de 60%. Em julho, mês em que Crivella sancionou a lei, Gustavo diz que o faturamento vai ter um “plus” de 80%.
Lilia Raquel, outra empresária do ramo, diz ter vendido mais de duas mil unidades de canudinhos de papel desde que a lei foi sancionada. Ela conta que parou até de fazer a divulgação de seu produto porque não estava conseguindo pegar encomendas.
“Não estou conseguindo produzir o suficiente para as encomendas, então nem posso me comprometer com os clientes porque não tenho estoque. Esse mês, as vendas aumentaram muito, faturei mais 60% do que o normal”, afirma Lilia.
Deixe um comentário