Quase 20 anos depois de sua primeira incursão no país, a fabricante de cosméticos do Mar Morto aposta em vendas online e revendedores como a Sephora para se estabelecer na categoria premium.

A marca de cosméticos Ahava está de volta ao mercado brasileiro. Fundada em Israel, em 1988, a única empresa do mundo com permissão governamental para utilizar os minerais do Mar Morto na composição de seus produtos de beleza tentou se estabelecer no Brasil há quase 20 anos, mas o negócio não foi para frente.

O cenário era bastante diferente: a indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos faturava cerca de R$ 7 bilhões na época (hoje são mais de R$ 47 bilhões, de acordo com a Abihpec – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos) e o acesso a artigos importados de beleza era para pouquíssimos consumidores no país.

Chris Behr, diretora de marketing da Ahava Brasil

Chris Behr, diretora de marketing da Ahava Brasil

Neste momento, a diretoria brasileira e a israelense trabalham em conjunto para tomadas de decisões mais assertivas junto ao mercado atual”, diz Chris Behr, diretora de marketing da Ahava Brasil. Ela relembra a quarta posição que o país ocupa no ranking mundial de cosméticos – atrás de EUA, China e Japão – e se manifesta otimista quanto ao seu futuro. “O Brasil está passando por uma crise, mas acreditamos que terá um crescimento substancial a partir de 2019”.

Com produtos que partem dos R$ 30 (creme para as mãos 40 ml ou sabonete de lama de 100 g) e que facilmente chegam à faixa dos R$ 300 (cremes faciais antienvelhecimento diurno ou noturno de 50 ml cada), a Ahava quer se posicionar na categoria premium, a que mais cresce dentro do segmento de beleza. Um levantamento da Euromonitor apontou que, as vendas deste tipo de cosmético tiveram alta de 9,1% em 2016, enquanto as marcas mais populares registraram avanço menor, de 4,4%.

A Ahava é voltada para o mercado de luxo. Há um alto investimento em pesquisas e tecnologia no desenvolvimento de cada produto, além de uma matéria prima muito específica, os minerais do Mar Morto”, afirma a diretora de marketing.

Conhecido como o maior spa natural do mundo, o lago salgado localizado nos arredores de Israel tem a maior concentração (32%) de minerais conhecida, sendo rico em substâncias como sódio, cálcio e magnésio. Suas água e lama têm fama de promover a renovação das células, hidratar a pele, clarear manchas e prevenir problemas como acne, entre outros benefícios.

A partir de suas propriedades (“famosas há mais de 3000 anos e utilizadas até mesmo por Cleópatra no Egito Antigo”), a Ahava criou o Osmoter, um concentrado de minerais patenteado pela marca e presente em todas as suas fórmulas, que utiliza o processo de osmose para restaurar a umidade de camadas externas da pele. “Os consumidores brasileiros estão interessados em cosméticos de qualidade e ainda existe uma certa carência no mercado para este tipo de produto”, assegura Behr.

Ao contrário dos anos 2000, quando a Ahava chegou a abrir loja no país, agora seus artigos – todos importados de Israel – são comercializados em seu próprio site, em perfumarias online, como Época Cosméticos e Beleza na Web, e na rede de salões de cabelereiros Studio W. “Teremos nossos produtos em revendedores renomados e já iniciamos negociações com a Sephora e a Dafiti (maior e-commerce de moda e lifestyle da América Latina)”, afirma Behr. “Queremos que as pessoas de todo o país conheçam as propriedades dos produtos Ahava e possam desfrutá-las no conforto de suas casas”, completa.

Atualmente a Ahava está presente em mais de 30 países e sua operação global fatura cerca de US$ 150 milhões ao ano.

Site: https://www.ahavabrasil.com/rosto/anti-idade-25/c

Fonte: https://www.brazilbeautynews.com/marca-israelense-ahava-esta-de-volta-ao-mercado,2820

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