Lançada pela Chanel no ano passado, a coleção Boy de Chanel, a primeira linha de maquiagem da grife francesa, é composta por uma base, uma caneta para sobrancelhas e um lip balm. Com o slogan “Be Only You”, encoraja os homens a usar maquiagem para uma melhora sutil, para esconder o cansaço. A novidade foi endereçada inicialmente ao mercado coreano, onde não é vista como um tabu, e pouco a pouco está sendo testada em outras regiões.

Criada pela cantora Rihanna, a marca de cosméticos Fenty Beauty também aposta na tendência e começou a produzir tutoriais para ensinar o público masculino a manejar bases e pincéis. Outra grife que lançou gel para sobrancelhas e corretores masculinos é a Tom Ford. Estima-se que o mercado masculino de grooming tenha movimentado globalmente US$ 57,7 bilhões em 2017 e chegue a US$ 78,6 bilhões até 2023. E isso porque hoje a maioria dos homens recorre no máximo a um hidratante, a um protetor solar e à loção pós-barba. Qual será o impacto na indústria se todos aderirem aos pincéis, à base e ao gel para domar a sobrancelha?

Seria uma grande revolução? Sim, mas não exatamente uma novidade. Como esquecer daqueles ingleses de 1600 circulando pelos castelos com perucas – algumas delas usadas para esconder sintomas de sífilis, como perda de cabelo e erupções cutâneas – e os rostos cobertos de pó branco? Ou então do presidente Emmanuel Macron? Dois anos atrás, o presidente francês foi achincalhado por ter gasto 26 mil euros com um maquiador para embelezá-lo antes das aparições públicas em seus primeiros três meses no cargo. Com produtos como os da Chanel Macron poderia ter resolvido o problema sozinho.

Fonte: https://www.cosmeticinnovation.com.br/a-maquiagem-masculina-vem-ai/

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