Rede de lojas de cosméticos tem 150 vendedoras e 2,6 mil promotoras de marcas; com o modelo, passou a bonificar funcionárias por criatividade na internet.

No final de março, as 150 vendedoras e 2,6 mil promotoras de cosméticos da Ikesaki trocaram corredores e gôndolas pelas redes sociais. A rede de lojas de cosméticos precisou fechar suas oito unidades após o governo paulista proibir a abertura do comércio para conter o avanço do coronavírus. Para turbinar o e-commerce, transformou os colaboradores em promotores virtuais. Cada um tem sua própria loja virtual e pode usar a criatividade para angariar vendas.

O modelo já estava em fase de testes, mas teve o lançamento antecipado para conter as perdas com o fechamento. Até então, o e-commerce representava 12% no faturamento, não revelado pela rede. Fundado em 1964 por Hirofumi Ikesaki, o empreendimento hoje se enquadra como grande empresa e tem como CEO Ricardo Ikesaki, um dos filhos do fundador.

 

Conjunto de lojas
O projeto foi liderado por Edilaine Godoi, head de digital da Ikesaki. Além de já estar nos planos, o modelo tinha precedentes: era adotado pela rede para medir o desempenho de influenciadoras parceiras. Hoje, há 1,5 mil delas. “Tínhamos muitas dúvidas do que era ou não convertido em vendas, então há um ano e meio desenvolvemos essa tecnologia”, conta Edilaine.

O formato tem duas interfaces. Em uma, as vendedoras e promotoras criam suas próprias páginas virtuais dentro do e-commerce da marca. Nela elas podem incluir nome, foto e seus produtos favoritos. No caso das promotoras, o detalhe é importante: elas são contratadas pelas próprias marcas para divulgar e detalhar os itens aos clientes.

Vendedoras e promotoras que atuam na Ikesaki ganharam sua próprias páginas no e-commerce da rede (Foto: Divulgação)

Hoje, 400 das 2,5 mil profissionais de 320 marcas já têm suas próprias páginas. Até o dia 6, a expectativa é que todas as empresas estejam participando. O modelo de geração de receita é definido por cada uma, mas em geral se baseia em comissões por item vendido ou percentual de vendas.

No caso das 150 vendedoras contratadas pela Ikesaki, a remuneração composta por salário e comissões ganhou outro elemento. Foram incluídos bônus para as que se saírem melhor nas vendas virtuais. “As que direcionam mais tráfego, postam vídeos e inovam mais na divulgação recebem uma premiação”, diz Edilaine.

Fonte:. https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Estetica-e-bem-estar/noticia/2020/04/com-lojas-fechadas-ikesaki-transforma-vendedoras-em-promotoras-virtuais.html

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