As atuais medidas de contenção da pandemia do coronavírus e a recomendação de quarentena estão gerando mudanças nos hábitos de consumo e compra, de acordo com a consultoria Kantar. A 2ª Edição do Termômetro de Consumo aponta que 78% dos brasileiros estão saindo de casa somente para o necessário e estão preocupados com a saúde.

O estudo também indicou que 23% dos brasileiros estão trabalhando remotamente, o que influi em hábitos já estabelecidos, como os de cuidado pessoal. O resultado é que mais de um bilhão de ocasiões para o uso de produtos do gênero estão em risco, das quais 21% são voltadas para o ato de se arrumar para ir ao trabalho ou à escola e 4% para sair e socializar.

Nos Estados Unidos, a maquiagem enfrenta potencial de perda nas ocasiões de uso – 402 milhões – devido aos diferentes hábitos de quem trabalha dentro e fora de casa. Além disso, outros costumes como lavar o rosto e os cabelos poderão sofrer algumas mudanças. Na China, por exemplo, a hashtag #NoHairWash tornou-se popular.

Na divisão por gênero, as diferenças são ainda mais relevantes, já que 15 categorias destinadas a mulheres podem ser impactadas. A lista inclui sabonetes líquidos e em barra, maquiagens e removedores, cremes dentais, hidratantes faciais e corporais, depiladores e lâminas, desodorantes, fragrâncias e demais produtos para estilização, cuidado íntimo e banho.

Já entre os homens, somente sete categorias devem perder ocasiões de uso: xampus, produtos para banho, creme dental, ferramentas para estilização, fio dental, fragrância e antisséptico bucal. “As mudanças nos hábitos em relação à barba tendem a ser importantes, considerando que 32% dos homens afirmam se barbear estritamente por motivos profissionais. O segmento de desodorantes também está em risco, pois 40% das motivações para consumi-los no Brasil são relacionadas a se preparar para trabalhar ou ir à escola”, analisa Elen Wedemann, diretora da Kantar para o país.

O que vai diferenciar o impacto negativo no consumo dessas categorias não será somente o tempo de duração da quarentena, mas como o shopper irá ressurgir após passar por essa experiência transformadora. “Além da maior atenção aos benefícios dos produtos e busca por aparelhos desinfetantes, surgem novas atitudes e comportamentos que irão permear o consumo a partir de agora, alinhadas com princípios de sustentabilidade e redução de gastos”, avalia.

Fonte:

https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/04/08/quarentena-traz-impactos-negativos-para-setor-de-cuidados-pessoais/

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