Setor de higiene e beleza conseguiu crescer em 2020, mas puxado por outras categorias, não maquiagem

No ano em que a pandemia do novo coronavírus se disseminou, o tradicional “efeito batom” – quando as vendas de maquiagem crescem mesmo em períodos de crise, como uma pequena “indulgência” do consumidor – não foi sentido. As vendas de maquiagem caíram, já que muitas pessoas passaram a ficar mais em casa e passaram a usar máscaras de proteção contra a covid-19.

Por outro lado, a categoria de cuidados com a pele cresceu mais de 20% em vendas, especialmente puxada por produtos de cuidados faciais. “Essa já era uma tendência observada antes da pandemia e no ano de 2020, a busca por produtos para essa finalidade, de fato, aumentou”, diz João Carlos Basílio, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

No consolidado do ano, a receita nominal do setor como um todo cresceu 5,8%, para R$ 58,9 bilhões (a preços de fábrica, sem impostos), e os volumes avançaram 1,5%. Os resultados também foram impulsionados pelos itens da “cesta covid”, como álcool em gel, cujas vendas mais que dobraram sobre 2019, segundo a Abihpec.

Mas o bom momento dessas categorias pode não ser suficiente para evitar uma desaceleração de todo o setor nos primeiros meses de 2021, com fim do auxílio emergencial, a vacinação lenta e a segunda onda da pandemia no país. O ritmo lento começou ainda em dezembro, quando as vendas cresceram apenas 2,4% ante mesmo mês de 2019.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/03/12/desta-vez-crise-sem-o-efeito-batom.ghtml

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