Estudo aponta que as vendas desses produtos por canais on-line tiveram alta de 68% entre março e junho do ano passado.

A pandemia de Covid-19 fez crescer o mercado de produtos de beleza no país, em meio ao encolhimento de outros setores da economia, atingidos pela retração do consumo. A alta da procura por produtos de cabelo, hidratantes, cremes faciais e esmaltes é sentida por fabricantes e revendedores, sobretudo via internet.

As vendas vêm sendo impulsionadas por fatores como difusão do trabalho em home Office, restrições às viagens, disponibilidade de dinheiro e mais tempo entre os brasileiros que continuam economicamente ativos. As mulheres respondem por quase 90% desse mercado.

O aquecimento da demanda vem sendo registrado em pesquisas e levantamentos desde o início da pandemia. Em estudo da agência Corebiz, de SP, as vendas desses produtos por canais on-line aparecem com alta de 68% entre 1º de março e 14 de junho de 2020, comparadas com as realizadas no mesmo período do ano anterior.

A difusão do autocuidado com beleza e saúde (imposta pelo Home Office e distanciamento social) e a expansão do e-commerce têm sido decisivas para o avanço do segmento, destaca a diretora de marketing da Dermatus, Claudia Souza.

Tres fatores contribuíram para o crescimento: o isolamento social, que permitiu às pessoas ter mais tempo e dar mais atenção ao autocuidado; o aumento do dólar e do euro, que desestimulou a compra de produtos importados em benefício dos nacionais; e, com a queda das viagens internacionais, a busca dos produtos brasileiros por parte daquelas pessoas que compravam no exterior.

O Brasil é o quarto maior mercado consumidor de cosméticos (atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão), o que mostra a paixão dos brasileiros por beleza. Com forte concentração na região Sudeste, o mercado nacional de beleza movimentou U$ 29,6 bilhões (R$ 161 bilhões) em 2019, incluindo os salões e outros serviços associados à diversidade de produtos dessa indústria. O Brasil é o terceiro país do mundo em lançamentos no setor e também exporta artigos de higiene pessoal e beleza para 174 países.

Segmento de higiene pessoal

Segundo a Abihpec, de janeiro a setembro de 2020, na comparação com o mesmo período do ano anterior, no segmento de higiene pessoal, shampoos, condicionadores e produtos para tratamento capilar tiveram alta de 8,2%, 20,6% e 10%, respectivamente. Os hidratantes para as mãos registraram aumento de 169,1%; os produtos para a pele do corpo, como esfoliantes, 161,7%; e aqueles para o rosto, aumento de 28,7%, com destaque para as máscaras de tratamento facial, que saltaram 101,4% em valor de vendas.

Fonte: https://revistahec.com.br/autocuidado-impulsiona-mercado-de-beleza/

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