Doces são feitos com as frutas colhidas das próprias produções.
Uma vez por semana a rotina de Leslye de Albuquerque Lima começa logo cedo, quando ela pega as bacias e vai para o quintal, olhando com atenção para procurar por frutas maduras no pé.
Quando encontra, Leslye enche a bacia. Mas essas frutas tiradas do pé não são para consumir frescas. São para fazer geleia, um doce que é saboreado por muita gente.
Ela faz de amora, de morango e de manga com maracujá. Tudo que nasce nos pés das árvores vira doce através das mãos da microempresária.
Cada potinho é vendido por R$ 12. As vendas são feitas para pousadas da região e na barraca que ela montou em frente à chácara, às margens de uma rodovia. Funciona no sistema pegue e pague.
Quando chega essa época do ano, os morangos não param de nascer na estufa de Alice Enokizono, que fica no munícipio de Piedade (SP). Antes, o único destino da fruta era a venda in natura para mercados da região, mas, há alguns anos, Alice percebeu que poderia diminuir o descarte e aumentar a renda da família.
Por semana, ela faz cerca de 20 vidros de geleia, que são vendidos na feira do produtor realizada na cidade e também para clientes de um condomínio.
Alice explica que a fabricação é bem simples e caseira. Utiliza apenas açúcar, fruta e água. Vai apurando bem até chegar no ponto da geleia.
No sítio da família Takagi, a geleia também tem sido importante para a renda. O produtor rural Yuichiro conta que sempre viu na fruticultura uma boa opção de fonte de renda, mas, nos últimos anos, eles tiveram queda nas vendas e precisaram se reinventar. Começaram a apostar nas frutas processadas. E porque não fazer as geleias com as frutas que tinham no pomar?
Desde 2013, a família formalizou o negócio e ampliou o leque de produtos. Hoje eles trabalham com vários tipos de frutas secas e geleias. Metade da renda atual da família vem da fruta processada.
Os principais compradores dos doces feitos por eles são os mercados da cidade. Os maquinários que compraram são para a fabricação das frutas secas, pois para a produção das geleias é necessário somente panela, colher, dedicação e paciência. Por ano, saem cerca de 2,5 mil potes de geleias produzidas pela família Takagi.
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