Após seis períodos de quedas consecutivas, a indústria de embalagem registra crescimento de 2,54%, no segundo trimestre de 2016, em comparação com o mesmo período anterior, na série com ajuste sazonal. O dado é do Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE/FGV “Retrospectiva do Primeiro Semestre e Perspectivas para o Fechamento de 2016”, que foi apresentado no dia 24 de agosto pela ABRE – Associação Brasileira de Embalagem em evento realizado em São Paulo, que contou com o patrocínio Diamante da Companhia Brasileira de Alumínio e Ouro da Rhodia Solvay Group.
Com valor bruto de produção previsto para o ano na casa de R$ 60,6 bilhões, o setor apresentou recuo de 5,1% na produção física da embalagem no primeiro semestre de 2016. Na segunda metade do ano, a variação não deverá ser tão negativa, chegando a -0,2%, permitindo assim, que o setor termine 2016 com uma redução de 2,6% na produção física e com perspectivas melhores para o ano seguinte, segundo os resultados e estimativas tradicionalmente apuradas pela ABRE há 19 anos, sob a chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV).
Na opinião de Salomão Quadros, economista responsável pelo estudo, os números refletem uma composição diferente, comparados ao trimestre anterior. “Atender à indústria de bens de consumo não duráveis faz com que a indústria de embalagens sofra menos oscilações que as demais, o que acaba gerando uma determinada estabilidade, porém depende muito do consumo para que haja um crescimento relevante. Ao que tudo indica o segundo semestre será melhor, dando continuidade às mudanças de trajetória já observadas em quase todas as variáveis econômicas. É importante ressaltarmos que muito diferente de 2010, a saída dessa crise será bem gradativa e só ganhará velocidade depois que o consumidor ajeitar suas dívidas e retomar de forma segura a confiança”, afirma.
Para Luciana Pellegrino, diretora Executiva da ABRE, o resultado negativo previsto para 2016 está calcado principalmente no primeiro semestre do ano, ou seja, tudo indica que o pior já passou e gradativamente começa a melhorar. A indústria de embalagens, por atender em maior volume o setor de bens de consumo não duráveis, prevê a sua retomada antes de outros setores como o de bens duráveis ou automóveis.
O Estudo aborda também os números de importações e exportações, índices de confiança da indústria e do consumidor, além do consumo das famílias. Com volume total de US$ 247.301 milhões, as exportações tiveram recuo de 7,86%. Já as importações ficaram na casa de US$ 226.363 milhões, com recuo de 31,95% e retração em todas as classes de materiais.
Acesse o documento: Estudo_Macroecon_Emb_sem1-2016
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