Apesar de já ser considerada a bebida mais brasileira de todas, a cachaça não se contenta com apenas uma fórmula de sucesso. Hoje, a branquinha está disponível em inúmeras versões. São as chamadas cachaças de reserva, envelhecidas em barris de madeira, que antes eram produzidas apenas em fábricas artesanais, mas hoje já fazem parte até do porfólio das grandes indústrias. 
A 51, por exemplo, oferece a Reserva 51, uma cachaça premium 100% envelhecida em barris de carvalho. Já a Pitú investe na Pitú Gold e na Vitoriosa. A primeira repousa três anos em barris de carvalho americano. Já a segunda passa mais dois anos em barris de carvalho francês. “A nossa cachaça é muito democrática. Está na casa de todo mundo e leva a marca do Brasil pelo mundo. Mas, agora, estamos investindo na sofisticação da categoria, através da cachaça reserva. E, com o crescimento dos produtos envelhecidos, buscamos atingir também a classe mais sofisticada”, explica o diretor Comercial da Cia Müller de Bebidas, detentora da 51, Rodrigo Maia. “Estamos mostrando para este público que nossos produtos têm qualidade”, completa.

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Há oito anos no mercado, a pernambucana Sanhaçu é a prova de que a cachaça não está mais somente em bares populares. A bebida é produzida em Chã Grande pela família Barreto Silva e é a marca pernambucana mais bem colocada no 2º Ranking Cúpula da Cachaça, divulgado no início do ano.

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“O ranking posiciona as 50 melhores cachaças do Brasil, independentemente da madeira usada no envelhecimento. Além de estar na quarta posição geral, a Sanhaçu ganha em dois tipos de madeira: é a primeira amburana e a primeira freijó da lista”, vibra a diretora comercial da empresa, Elk Barreto Silva. As cachaças pernambucanas presentes na relação custam R$ 115 a garrafa de 700 ml e R$ 78,50 a de 600 ml, respectivamente. No ranking, porém, há bebidas de até R$ 700. “Já houve muito preconceito contra a cachaça, mas hoje ela já é vista com outros olhos por muitos brasileiros. É valorizada e considerada até um produto chique”, argumenta Elk, dizendo que esta mudança tem ajudado o setor a ganhar mais volume e também clientes mais sofisticados. 

A Sanhaçu, por exemplo, deve crescer 15% neste ano e pretende dobrar seu volume de produção, que hoje se aproxima dos 10 mil litros por safra, nos próximos cinco anos. Quem também ganha com a valorização da aguardente em Pernambuco é a Cachaçaria Carvalheira. A marca, criada já pensando nos clientes da classe A, fabrica oito bebidas diferentes na Zona Sul do Recife e pretente ampliar sua produção em 15% neste ano.

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A mais brasileira das bebidas já não se contenta com apenas uma fórmula de sucesso. Hoje, as grandes indústrias estão apostando em cachaças de reserva, envelhecidas em barris de madeira, que antes eram produzidas apenas em fábricas artesanais. A ordem é mostrar a boa qualidade do produto.

 

Fonte: http://www.folhape.com.br/economia/2016/9/industrias-investem-em-bebidas-premium-0120.html

 

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