A crise sanitária atrapalhou os hábitos de beleza dos consumidores, que tiveram que se adaptar ao uso de máscara, lidar com o fechamento de lojas e adotar o teletrabalho. Mudanças significativas que transformaram a percepção da beleza, mas também os hábitos de compra; algo que podem perdurar por muito tempo, mesmo após o fim da pandemia.

Mais tempo em frente às telas, menos saídas para compras e uma vida social pausada por vários meses. A pandemia global, sem dúvida, mudou completamente os hábitos de consumo, forçando as marcas a se reinventar para se adaptar aos nossos estilos de vida. A indústria da beleza não escapou e enfrenta não só uma nova rotina de beleza, impactada pelo uso de máscaras e o teletrabalho, mas também pelos novos hábitos de compra induzidos pelos confinamentos. Então, como serão as consumidoras de beleza do futuro?

Menos maquiagem, mais cuidados com a pele
Um estudo importante, conduzido pela PowerReviews com 10.646 consumidores ativos de produtos de beleza nos Estados Unidos no início do ano, revela que os americanos estão agora se concentrando nos cuidados com a pele (56%). Algo que pode ser explicado pelo aumento do tempo de permanência em casa, que possibilita mais momentos de recolhimento, mas também pela menor presença em espaços de beleza devido às medidas de distanciamento social.

Ao mesmo tempo, a maquiagem parece estar perdendo terreno. Mais da metade dos consumidores entrevistados (54%) afirmam usar menos maquiagem hoje do que antes da pandemia. Mudanças que podem ser atribuídas ao teletrabalho, que permite passar os dias sem maquiagem, mas também pela obrigação de usar máscaras em locais públicos. O natural é hoje uma tendência fundamental, que surge da necessidade de retornar ao essencial.

Algo que deve continuar nos próximos meses, mesmo que a pandemia termine.

A ascensão do comércio online
As compras online de produtos de beleza têm crescido constantemente desde o início da pandemia, reorganizando um setor onde as compras eram feitas principalmente fisicamente. O estudo confirma essa tendência, já que mais da metade dos consumidores americanos entrevistados (53%) afirmaram comprar mais produtos de beleza online do que antes da pandemia. Os mais jovens (66% da Geração Z e 58% da Geração Y), recorreram ainda mais ao e-commerce para sua rotina de beleza.

Além de um número cada vez maior de americanos serem a favor das compras online, eles também estão gastando muito mais na internet. Quase metade deles (49%) afirmaram que gastam mais de 50 dólares por mês, em comparação com apenas 16% no estudo de 2019.

Outra mudança: se o principal local de compras era a Amazon há dois anos (47%), os consumidores estão agora se voltando para lojas virtuais de produtos de beleza como Sephora ou Ulta Beauty (44%). A Amazon perdeu terreno significativamente (22%).

Prioridade para marcas engajadas
Moda, beleza, alimentação, mobilidade… o meio ambiente está hoje no centro das preocupações dos consumidores. Os cosméticos, é claro, não são exceção.

Mais de três quartos dos entrevistados (76%) disseram que querem comprar cosméticos feitos de forma sustentável.

Este número sobe para 80% para os compradores da Geração Y e para 86% para os compradores da Geração Z.  Um fato a ser levado em consideração para as marcas que ainda não se tornaram ecológicas.

Mas a inclusão e justiça racial também são prioridades para os consumidores que estão fortemente comprometidos com esses temas. De acordo com o estudo, metade dos entrevistados agora planeja pesquisar “ativamente” produtos de beleza feitos por marcas fundadas por mulheres e homens negros. Aqui, novamente, a Geração Z se destaca por se mostrar particularmente comprometida com o tema (75%).

Fonte: https://revistahec.com.br/como-sera-a-consumidora-de-beleza-pos-pandemia/

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