Com o fim de algumas patentes de medicamentos, o mercado farmacêutico tende a passar por uma grande mudança até 2028. Isso porque, no período, 117 remédios perderão exclusividade, segundo a Abifina. As informações são do Valor Econômico.
O número, por si só, já chama atenção. Mas, quando analisadas as vendas somadas, o impacto fica ainda mais evidente. Os fármacos em questão totalizam um mercado que gira entre os US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões (R$ 31 bilhões e R$ 37,2 bilhões), segundo a consultoria Alvarez & Marsal.
“Durante a pandemia, o foco esteve muito voltado às soluções para a covid-19. Ocorreram poucos lançamentos e, agora, muitos outros medicamentos estão perdendo patentes”, explica a especialista em propriedade intelectual da Abifina e PróGenéricos, Ana Claudia Oliveira. Com tanto em jogo, as farmacêuticas internacionais e nacionais se posicionam em lados opostos dessa disputa.
Patentes de medicamentos opõem mercado nacional e internacional
De um lado, as farmacêuticas internacionais tentam buscar brechas para manter a exclusividade de seus medicamentos por mais tempo. Do outro, os laboratórios brasileiros aguardam a oportunidade de abocanhar uma fatia do mercado bilionário dos blockbusters.
Um exemplo é a semaglutida. O princípio ativo por trás de sucessos como Ozempic e Wegovy terá sua patente expirada em 2026. A Novo Nordisk, por sua vez, tenta estender o prazo na justiça, enquanto outras fabricantes já estudam versões genéricas do tratamento para o diabetes.
Como as farmacêuticas se preparam para o fim de patentes?
Com a proximidade do fim da patente da semaglutida, diferentes farmacêuticas brasileiras têm se posicionado para a “largada” dessa “corrida”. A EMS inaugurou uma fábrica em agosto, a Biomm buscou expertise internacional e a Prati-Donaduzzi iniciou pesquisas nesse sentido.
Já Novo Nordisk investiu no país para ampliar sua produção de enzimas enteroquinase e ALP no país, o que baratearia os custos de produção do Ozempic.
Oito patentes chegarão ao fim no próximo ano
Em 2025, por exemplo, oito patentes de medicamentos chegarão ao fim nos Estados Unidos. A lista de blockbusters inclui tratamentos para diabetes e problemas respiratórios crônicos.
Um levantamento do Pharma Manufacturing elencou as principais terapias que rumam para o fim da exclusividade, representando bilhões em vendas e anos de inovação terapêutica.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/patentes-de-medicamentos-fim-ate-2028/
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