Com um crescimento real de 3,3% em 2013 sobre o ano anterior, as indústrias do setor desaceleraram bruscamente em relação à alta de 10,5% registrada em 2012. Segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), foi o pior desempenho dos últimos 17 anos.
A entidade afirma que os principais problemas ocorreram com os produtos que são regulamentados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e enfrentaram dificuldades com a liberação de registros pela agência reguladora. “Tivemos um atraso de cinco meses na aprovação de processos. Antes não ultrapassava 120 dias”, afirma João Carlos Basilio, presidente da Abihpec.
Os itens que precisam passar por uma comprovação de segurança e eficácia pela agência antes de serem comercializados respondem por 40% do setor. Os prejuízos estão estimados em, ao menos, R$ 1 bilhão e mais de 2.000 produtos afetados, de acordo com Basilio.
“A variedade do setor cresceu muito, mas o quadro de analistas para atender a área permanece o mesmo há dez anos”, reclama o presidente da associação.
A Anvisa afirmou, em nota, que o prazo para aprovação dos registros vinha sendo de 45 dias, em média. Mas, com a saída de profissionais e com o crescimento do setor nos últimos dois anos, o prazo aumentou. Para agilizar esse processo, serão chamados para a função 314 servidores aprovados no último concurso da agência.
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