As vendas de produtos industrializados com apelo à saúde registraram um aumento de 5,1% em volume de vendas no ano passado, enquanto a média geral ficou em 3,7%. Os dados são de levantamento da consultoria Nielsen. De acordo com a pesquisa, o maior percentual de crescimento de saudáveis está na mercearia salgada, com alta de 13% em volume, enquanto o total desse departamento ficou em 2,9%. Também se destacam as bebidas não alcóolicas, com aumento de 7,6% dos itens com apelo à saudabilidade. Nos demais produtos dessa seção, o crescimento médio foi de 3,6%.
Para a consultora Simone Terra, a população está vivendo mais e quer envelhecer de forma saudável e jovial. “A busca por esses alimentos está enraizada em uma mudança de comportamento. Não é passageiro”, diz a especialista. Para se ter uma ideia, o estudo da Nielsen apontou que 32% dos brasileiros afirmam que saúde e qualidade de vida são suas maiores preocupações. Ou seja, tudo indica que ainda há potencial de crescimento para esses produtos no mercado nacional.
Ainda conforme a pesquisa da Nielsen, os alimentos saudáveis são, em média, 63% mais caros. Apesar disso, quando o produto é considerado essencial, o consumidor não tira do carrinho por mais difícil que esteja a sua situação. Em pães, por exemplo, ele chega a desembolsar cerca de 77% mais pelos itens saudáveis. Luiz Eduardo Borges, diretor de gerenciamento por categoria da consultoria ToolboxTM, acredita que se o supermercadista praticasse preços parecidos com os das versões normais poderia ganhar mais elevando o giro dos itens com apelo à saúde.
O estudo da Nielsen também aponta que os alimentos saudáveis ainda são mais consumidos nas classes A e B, que representam 56% das vendas. A consultora Simone Terra lembra, contudo, que lojas que atendem público de menor poder aquisitivo também podem se beneficiar da presença de itens saudáveis no sortimento. “Nesse caso, o varejista pode incluir uma linha de produto saudável mais em conta, pois cada vez mais a classe C também se sente atraída por esses itens”, afirma ela. Entre as regiões, o destaque é o interior de São Paulo e o Sul do país, com participação de 17% e 18% no consumo desses produtos, respectivamente. Isso acontece principalmente pela renda per capita acima da média.
Fonte: http://www.abre.org.br/noticias/vendas-de-alimentos-saudaveis-sobem-5-em-2014/
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