A marca americana de cosméticos Revlon reduziu em 28% os preços de seus esmaltes no Brasil, aproximando-os aos valores cobrados nos Estados Unidos, de onde os produtos são importados. Com a mudança, a companhia espera aumentar as vendas em 50% nos próximos três meses.
Os preços da principal linha de esmaltes da Revlon passaram de R$ 18 para R$ 13 este mês. Em outra linha, que promete maior duração, a faixa de preços caiu de R$ 33 para R$ 20. “Queremos aumentar volume [de vendas], e estamos fazendo o máximo possível para equiparar preço com de outros mercados”, disse Fernanda Utrini, gerente de marketing da Revlon. Desde 2007, os produtos da companhia são distribuídos no Brasil pela Frajo Internacional, empresa que no ano passado teve seu controle comprado pelo grupo paranaense Boticário.
Segundo Fernanda, as vendas da Revlon crescem dois dígitos no Brasil. Ela não descarta a possibilidade de a companhia também reduzir os preços de seus produtos de maquiagem em geral, com o mesmo objetivo de ganhar escala. “Precisa validar o dólar. O câmbio ainda está muito flutuante”, disse.
Entre as marcas que concorrem com posicionamento semelhante à Revlon estão a francesa Bourjois, marca dos mesmos donos da Chanel, a família alemã Wertheimer. A Bourjois é distribuída no Brasil pela empresa paranaense Racco. A americana O.P.I é distribuída pela Passion e seu esmalte é vendido por R$ 46. A L’Oréal, dona da Colorama, segunda maior marca do mercado, trouxe ao Brasil este ano a marca Essie, vendida apenas em salões por R$ 35. Mas a concorrência cresce em todas as faixas de preço, com marcas nacionais e internacionais. Segunda Fernanda, há 85 marcas de esmaltes no Brasil, sem contar coleções menores.
A categoria de esmaltes foi a que mais cresceu no mercado de higiene e beleza nos últimos vinte anos, segundo a Nielsen. De acordo com a Euromonitor, o mercado já movimenta US$ 750 milhões (R$ 1,7 bilhão). A líder de mercado é a Risqué, da Hypermarcas. Em terceiro e em quarto lugares estão a Impala, da Mundial, e a Avon Color Trend, da americana Avon.
A Revlon chegou a ter subsidiária e fábrica no Brasil nas décadas de 80 e 90. Nos anos 2000, após sucessivos prejuízos, decidiu vender suas marcas regionais – incluindo os esmaltes Colorama para a L’Oréal.
Fonte: http://www.valor.com.br/empresas/3800474/revlon-corta-preco-de-esmalte-em-28
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