Você sabia que em tempos de crise as vendas de batons e cosméticos tendem a crescer mais do que outros setores? Isso é o que explica o Índice Batom – conceito criado em 2001 pelo presidente da Estée Lauder, Leonard Lauder, que buscava entender porque as vendas de sua indústria cresciam naquele ano nos Estados Unidos, devastado pela queda das Torres Gêmeas e baixa atividade econômica.
Basicamente, a explicação é que em tempos de crise, as pessoas compram mais cosméticos, por conta do baixo custo unitário, mas com foco na elevação da autoestima e inspiradas no lema “eu mereço um agrado”.
Os números da atividade econômica brasileira ainda não foram divulgados, mas as melhores expectativas apontam para um crescimento de 0%. O cenário adverso para a maioria dos setores pode confirmar a tese do Índice Batom. Grandes empresas do setor com atuação no País não têm reclamado. Prova disso foi a profusão de lançamentos.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosmética (Abihpec), o setor de cosméticos responde por 1,8% do PIB brasileiro e tem crescido a taxa média de 10% no ano. O País é o terceiro maior mercado de cosméticos do mundo.
O ano passado foi positivo para Natura e Avon Brasil, empresas líderes em segmentos desse ramo, que ainda não divulgaram balanços, mas já contabilizam os negócios no período como positivos.
Rosana Marques, diretora de Comunicação da Avon Brasil, afirma que o ano passado foi interessante para a gigante norte-americana, líder há décadas em maquiagens no Brasil. “As pessoas deixam de financiar um carro novo, eletrodoméstico, linha branca, porque já estão endividadas. Elas aderem as pequenas indulgências. Sem falar que ninguém deixa de comprar desodorante, de lavar os cabelos”, afirma a executiva.
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