As alergias de pele e os problemas respiratórios da filha fizeram Sarah Lazaretti, 54, deixar de lado a carreira de enfermeira obstetra e empreender. Há 20 anos, ela fundou a Alergoshop, rede de franquias de lojas especializada em produtos para pessoas alérgicas.
Ela conta que a filha Marina, na época com três anos, tinha dificuldade para dormir por causa de coceiras e crises de asma por causa de ácaros e fungos.
“O médico dela falava de produtos que existiam no exterior e poderiam amenizar os problemas, mas que não eram vendidos no Brasil. Eu tinha de pedir para amigos que iam para fora do país comprar para mim”.
Ela imaginou que, assim como ela, outras pessoas tinham dificuldade em encontrar produtos específicos para alergias e conversou com os médicos da filha e com alergistas e pneumologistas do hospital em que trabalhava até ter certeza de que era uma boa oportunidade de negócio.
Franquia Alergoshop
Investimento inicial*: de R$ 113 mil a R$ 181 mil |
Faturamento médio: de R$ 30 mil a R$ 65 mil |
Retorno do investimento: de 23 a 36 meses |
*Inclui instalação, taxa de franquia e capital de giro |
Com investimento inicial de cerca de R$ 14 mil, Lazaretti e a irmã começaram a importar e a vender produtos antialérgicos numa pequena loja em São Paulo.
Após algum tempo, passaram a produzir itens próprios com empresas parceiras, como capas antiácaros para colchões e travesseiros e cosméticos especiais (xampu, condicionador, esmalte, maquiagem etc).
A rede também comercializa produtos de limpeza hipoalérgicos e que eliminam ácaros e fungos, por exemplo, além de umificadores de ambiente, inaladores e produtos para melhorar a respiração.
A divulgação da loja foi feita com a ajuda de médicos e por meio da participação em congressos de alergia. Hoje, a rede possui três lojas próprias em São Paulo e, ano passado, adotou o formato de franquias para expansão.
Já há unidades franqueadas em Campinas (SP), Teixeira de Freitas (BA), Teresina (PI) e em implantação em Vitória (ES) e no bairro de Moema, em São Paulo.
Segundo Lazaretti, a maior parte dos franqueados é de pessoas que se interessam pelo segmento por terem alergia ou algum caso assim na família e, ainda, mulheres de médicos.
O segundo filho da empresária, Caio, 18, também tem os mesmos problemas de saúde que a primeira filha. “Já tive de buscá-lo de madrugada na casa do amigo porque ele não consegue dormir sem capa de colchão e travesseiro.”
Com cuidado constante, Marina, 23, está com as alergias controladas e já ajuda a mãe na gestão do negócio. “Ela faz faculdade de marketing e cuida da área da empresa”, diz, a mãe, orgulhosa.
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